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Pela liberdade de 'espressar'

Primeiro de tudo, eu não escrevi errado no título. Usei 's', mesmo. Para contar o seguinte. Estava eu provando uns vinhos nesta semana quando, já no fim, o assunto voltou-se para o café. Sobre aquela marca que vem se tornando padrão em um número cada vez maior de restaurantes. Manifestei meu ponto de vista. Nada contra. Trata-se de um ótimo sistema, muito bom para ter em casa, de resultado sempre regular. Mas eu lamentava que ele estivesse se tornando quase onipresente, uma espécie de 'pensamento único' quando se trata de café. Prezo a diversidade, valorizo o trabalho de um bom barista. Uma das pessoas sentadas à mesa foi frontalmente contra minha opinião. Disse que a maioria dos restaurantes tem sempre duas opções diferentes, cabia ao cliente pedir. Eu sustentei que não, que vários só oferecem a bem-sucedida fabricante. Até que outro presente me disse que eu não deveria discutir com minha debatedora, pois ela trabalhava na marca e sabia tudo sobre o assunto, conhecia todos os seus clientes. Agradeci o conselho, mas continuei a defender minha opinião. Só me faltava essa. Além de não me darem mais o direito de escolher o espresso, queriam agora cassar meu direito de dizer o que penso sobre o assunto. Que implantem o sistema em Cuba, então. Lá não tem discussão, é expurgo (ou, neste caso, seria espurgo?).

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