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Rigorosamente no ponto

Faz tempo que eu não comia um peixe tão rigorosamente bem feito como este que provei no Le Marais. Um robalo servido com aspargos e palmito, saboroso, aromático, preparado com apuro pouco comum em SP (infelizmente; nossa cidade era já para estar num nível mais alto no trato dos pescados). O dito cujo começa a ser feito na chapa, para terminar o cozimento no forno combinado (com 100% de umidade, segundo informações do chef Wagner Resende). Um primor de precisão, úmido, tenro, delicado. É caro? Custa R$ 71, o que eu acho mesmo uma soma considerável. Aliás, venho achando as contas pagas por aqui meio irreais, não é de hoje. (Contudo, só voltarei especificamente a este tema quando puder avançar na discussão.) Mas comi bem e, para recorrer mais às noções de valor do que preço, posso dizer que valeu, já que o prato me deixou satisfeito. Provei ainda um outro item, um arroz de polvo, igualmente bem executado. Se por acaso alguém for lá por esses dias, só faço um alerta em relação às sugestões do dia. Cuidado com o bon conseil da cozinha: os pratos, como ovo e tagliolini, têm trufas e custam R$ 100, o que não está escrito na lousa. Retomo sempre a frase do Saul Galvão, "o cardápio é o contrato do cliente". Se não estiver explícito, portanto, pergunte antes de pedir na empolgação.

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