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Vai viajar?

Eu imagino que vocês tenham visto ou sabido sobre o primeiro aplicativo (de uma série) de viagens gastronômicas lançado pelo Paladar. O tema é Paris. Se você não leu a respeito, conheça mais aqui, inclusive com as instruções para baixar. Funciona em iPhone, é gratuito etc. Mas eu queria discorrer sobre um aspecto que não tive tempo de abordar cá no blog. Além de charmoso, prático, funcional ? desculpem a imodéstia, pois participo do projeto; mas debito os méritos ao Paladar e à equipe da Piu Comunica ?, o aplicativo vai num ponto fundamental. Ele trabalha, acima de tudo, com senso de curadoria. Comento porque as férias estão chegando, e muita gente me pede dicas de viagem. Para Paris, em especial. Bom, sempre foi um prazer falar sobre as coisas que vi e tenho visto para amigos e conhecidos, pessoalmente ou por escrito. Mas, desta vez, eu só digo: 'não precisa anotar, está tudo já organizado, basta baixar o aplicativo'. E qual é o aspecto essencial? Tudo o que está lá foi muito bem escolhido, está muito bem referenciado. Se você solta 1000 dicas na mão de alguém, convenhamos, você não dá nenhuma. Claro, cabe ao interessado investigar, filtrar... Mas, radicalizando o argumento, seria quase como recorrer ao Google: ali, tudo se acha; basta peneirar. O novo aplicativo, contudo, já fez esse trabalho. Refinou interesses, agrupou tematicamente, pinçou possibilidades. Para um programa alternativo, para uma opção mais luxuosa, não importa: houve curadoria da informação. E este é o aspecto-chave, a meu ver, de tantas dúvidas e tormentas que cercam as discussões sobre o futuro do jornalismo: sempre haverá gente interessada em boa informação, por mais volume de dados que o mundo contemporâneo seja capaz de produzir. E, para tanto, sempre será necessário ter alguém que realize esse trabalho com critério, com credibilidade. Então, se você for para Paris, em vez de pegar qualquer coisa na rede, no mundo virtual, comece pelo app do Paladar. A capital francesa respira gastronomia ? tanto faz se a 'nova onda' é espanhola, ou nórdica, é orgânica, é de território... Seu reportório de possibilidades de comer e beber bem é o maior do Ocidente, seja nos bistrôs, seja nos salões estrelados; nas pequenas lojas de queijos e chocolates; nos mercados; no universo dos pães. E acho que a seleção do aplicativo contempla essa diversidade. Tem o não-óbvio, mas não fecha os olhos para o mainstream. Sempre com um critério: o importante é que a gente considere muito bom. Um outro viés interessante é o da viagem assumidamente gastronômica. Não é um guia de viagens que, a reboque, traz sugestões sobre onde comer. Não é um guia de restaurantes que, ali, num apêndice, sugere uns truques para o turista. É um aplicativo dedicado aos fanáticos (no bom sentido...) que planejam seus passeios a partir das refeições, dos vinhos, das guloseimas. Com subjetividade. Mas também com muita informação, muito serviço. De quebra, tem também um top ten meu, com dez dicas pontuais (e outro do Luiz Horta). Vocês vão ver até que, no avatar desenhado pelo Daniel Kondo, eu ganhei um cachecol vermelho (o primeiro, devo informar). Espero que gostem. E que a viagem seja apetitosa.

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