Este foi um ano atípico para mim, pois passei mais tempo fora que no Brasil. Daí que fazer uma retrospectiva, aquela tradicional lista do que marcou a passagem dos meses, fica bem fora da realidade cotidiana dos anos anteriores. Foi um ano de grandes refeições, como um jantar no Le Cinq do hotel Four Seasons George V de
Passei dezembro na França, visitando a Alsácia, por uma semana (contarei tudo em breve) e depois flanando por Paris. Isso me deu a encantadora possibilidade de atravessar tradições natalinas bem peculiares. Do mesmo modo que as crianças francesas sonham com Tintin e Milou e não com Mickey Mouse, elas esperam seus presentes de outras figuras não criadas
Se o Douro fosse uma ópera, seria algo grandiloquente como Tannhäuser de Wagner, um cenário grandioso, uma vastidão dramática só de pedra e água. Suba um pouco o tom (e a altitude da paisagem) e dá para ter uma ideia do que é a Romaneira, lá no cume, assistindo ao rio bem de cima, com
Na semana passada, falei da Viña Progreso, voo solo do jovem Pisano, quinta geração da família fazendo vinho na região de Canelones. O Uruguai, tão pequeno, tão pouco conhecido, país do tamanho de uma região vinícola europeia, vai cumprindo seu papel de valente terroir, impondo-se pela qualidade dos vinhos, já que nunca se imporá por
Conheci Gabriel Pisano antes de ele virar gente, como sobrinho entusiasmado de Daniel e Gustavo e filho de Eduardo Pisano. Foi na minha primeira viagem ao Uruguai e ele devia ter uns 15 anos. Subia e descia numa escadinha de madeira e tirava com a pipeta provas de vinhos para experimentarmos. Nem podia beber, cheirava
Bordeaux é caro? Alguns são, bastante. Mas há bons vinhos da região para serem consumidos logo, com qualidade e perfeita expressão bordelesa, tanto no nariz quanto na boca. O Le Bordeaux de Maucaillou 2009, blend de Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc, tem casca de laranja seca, alecrim e algo de cera de abelhas nos
Lembrei desta rima inglesa, Tinker, Tailor/Soldier, Sailor/Rich Man, Poor Man/Beggar Man, Thief (que deu origem a um famoso thriller de espionagem, escrito por John le Carré e levado a TV com Alec Guinness e ao cinema com Gary Oldman) só pelo nome do porto Taylor’s. Ainda estou frustrado por não ter provado todos os vintages servidos
Mais um evento que não consigo ir, tem tanta coisa acontecendo que é preciso ter o atributo dos santos, a bilocação, a capacidade de estar em dois lugares ao mesmo tempo, e se desdobrar. Salvou-me o jornalista Marcel Miwa que estave na vertical de porto Taylor’s e escreveu o post abaixo. Taylor’s made, por Marcel