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O vinho em 2015

Um complemento importante para a edição desta semana do Paladar é a visão do especialista espanhol radicado na Austrália, Raúl Moreno Yague.

Raúl Moreno, sócio da revista de vinhos australiana Alquimie

Na Austrália, 2014 já foi um ano que os consumidores procuraram por boas compras (preço x qualidade) de vinhos. Sinto que a procura por regiões clássicas como Rioja ou Barossa tem caído, em vez disso, estão procurando pelas variedades Tempranillo e Shiraz numa faixa de preço mais acessível.

Vinhos com muito carvalho estão perdendo espaço para vinhos mais frutados, que podem ser bebidos mais jovens e com maior conexão com sua origem. O termo ?vinho natural? também está em baixa e estes vinhos começam a ser chamados de vinhos ?com baixo teor de enxofre?. Na Austrália, as importações tem crescido para vinhos de Champagne, Espanha, África do Sul e Chile. Continua forte a tendência de vinhos brancos de longa maceração com as cascas, conhecidos como vinho laranja ou âmbar, de locais como Croácia, Herzegovina, Eslovênia, Itália e Geórgia. O retorno fenomenal de Prosecco e Pinot Grigio deve seguir, junto com a recente descoberta dos tintos (todas as Tourigas e Tintas) e brancos de Portugal (Arinto, Loureiro e Alvarinho). Minhas recomendações e apostas para 2015 estão na Malvasia Istriana, de Istra Croácia, um branco vibrante e fresco com nota salina, e os tintos da Bairrada feitos com Baga, uma casta que tem a personalidade da Pinot Noir e a estrutura da Nebbiolo.

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