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Chez Saul ? 11/01/2008 - Buddha Bar

Quem chega ao Buddha Bar pode pensar que se trata apenas de mais uma casa noturna para jovens privilegiados, uma simples imitação do famoso bar parisiense. Ele fica na Villa Daslu, que reúne grifes realmente caras e famosas. Um ambiente amplo, muito bonito, iluminação discreta, com um grande bar quadrado no centro, decorado luxuosamente, principalmente com temas orientais. Armaduras de samurais japoneses nos nichos nas paredes e obviamente, muitas imagens de Buda, uma das quais dourada e gigantesca, dominando o salão. A música que vai se tornando cada vez mais alta à medida em que a noite avança, chega a incomodar e prejudicar as conversas e reforça essa imagem de boate noturna. Mas a cozinha criativa, com toques orientais da jovem e já consagrada chef Bel Coelho ajuda a mudar essa imagem e identificar a casa como um restaurante sério e realmente muito bom. Ela trabalhou com vários chefs consagrados e conseguiu se projetar em ótimas cozinhas como as do Madelleine e Sabuji. Para completar, há ainda um cardápio japonês, com sushis e sashimis mais para ao modernosos feitos por Anderson, que trabalhou no Nagayama. Foram eles que abriram o jantar (combinado sushi-sashimi individual a R$ 50 e R$ 99 para duas pessoas). Os tradicionalistas podem estranhar um pouco o molho de saquê, alho e cebola que acompanhou o sashimi de salmão; o queijo japonês que dá um toque decididamente defumado, evocando um bacon, a um sushi enrolado de salmão e outras criações inusitadas. Mas Anderson sabe fazer o básico, como demonstraram os sushis simples de salmão (R$ 12,50) e de atum (R$ 14,50). Excelentes as tartares de salmão com abacate e limão siciliano; de atum com foie gras e gergelim e robalo com maço verde e folha de shisso (R$ 28). Peixes frescos, cortados à faca, com ótima textura e não moídos. Ainda nas preliminares, bons, porém mais rotineiros rolinhos vietnamitas de camarão e vegetais com pimenta vermelha e hortelã (R$ 19). Pratos principais continuaram a agradando: costela de porco carnuda com molho agridoce e crispy de mandioca (R$ 52); codorna recheada com pupunha e alho com purê de mandioquinha (que não estava tão bom assim, com a carne meio passada demais, quase se desfazendo, R$ 55) e ótimos camarões envoltos em folhas de bananeiras ao molho curry (um prato para dois, entre as receitas compartilhadas com o Buddha Bar de Paris, R$ 82) e um excelente magret de pato (peito desossado) com purê de inhame e molho de especiarias (bem rosado, no ponto certo, macio e suculento, R$ 62). Boas as sobremesas, especialmente o trio de cremes bruleés (gengibre, chá verde e gergelim preto, R$ 16). Bem doce o creme de café com espuma de chocolate e doce de leite (R$ 17). Serviço ainda em fase de entrosamento. Mas os garçons são esforçados e há profissionais experientes. Carta de vinhos atraente e não exageradamente cara. Vinhos de uma só importadora (o que não é bom), mas preços até que razoáveis. Bom serviço de vinhos. Onde: Av. Chedid Jafet, 131 (Villa Daslu), V.Olímpia, 3044- 6181. Quando: 18h/1h (6º e sáb., até 2h). Quanto: Couv.: R$ 11. Cc.: A e V. Manob.: R$ 15.

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