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Chez Saul ? Gigetto

O Gigetto chega aos 70 anos muito mudado, distante daquele que foi provavelmente o restaurante mais conhecido, animado e badalado, que reunia "toda São Paulo", era ponto habitual de artistas, jornalistas, políticos, intelectuais, boêmios e desgarrados da noite. Mas ainda conserva um pouco da majestade dessa época e faz ainda pratos que podem agradar os saudosistas, como steak Diana (R$ 56), strogonov (R$ 49), miolo de boi à dorê (R$ 40), camarões à grega (R$ 82), camarões à paulista (com azeite e muito alho, R$ 79), filé cordon bleu (empanado e recheado com presunto e queijo, R$ 62), filé de pescada com molho de camarão (R$ 78). Preços meio altos para uma casa relativamente simples. O restaurante nasceu na avenida Rio Branco, mas o seu auge foi na Nestor Perstana. Era uma delícia, um desfilar constante de pessoas interessantes, mulheres bonitas. As contas de algumas mesas nunca fechavam. Os amigos iam chegando, jantando e pagando a sua conta. A mesa continuava até o fim da noite nesse senta levanta. Não era uma cozinha requintada, mas sim cheia de sabor, com algo caseiro, que hoje se perdeu um pouco. Há 39 anos ele foi para a Avahandava, para um grande salão retangular, com lambris de madeira nas paredes e meio frio, sem o calor do casarão. Deixou de lado alguns de seus melhores pratos, como o lombo de porco assado, o rosbife com salada de batatas, o peixe dourado à brasileira com um belíssimo pirão. O galeto assado foi substituído por um frango adulto, que foi o melhor prato da noite (R$ 26) O galeto era melhor, mas o frango estava ótimo. Nos velhos tempos, o cozinheiro colocava o panelão de arroz para prensar o frango na chapa. Camarão à grega empanado e entremeado no espeto com queijo. Empanado um pouco espesso, aparecendo demais. Filé à cubana correto, à milanesa, com banana, palmito, ervilhas, batata palha, R$ 59). Dobradinha à toscana muito boa, saborosa, porém um pouco rija (R$ 22,50). O ponto franco ficou com a massa, um cappelletti gratinado com queijo e calabresa (massa além do ponto, pegando no dente e lingüiça comum). Clientela constante. Muitos casais que demonstram conhecer a casa e os garçons. Serviço cordial. Compensa como garçon Neto há décadas na casa, para ouvir causos dos velhos tempos. Onde: Avanhandava, 63, Centro, 3256-9804, (184 lug). Quando: 11h30/16h e 18h/1h30 (6ª e sáb., 11h30/2h30; sáb., 11h30/3h; dom,. 11h30/1h). Quanto: Cc.: todos. Couv.: R$ 3,50. Garagem no prédio: R$ 9.

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