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Le Comptoir II

Agora, nas férias, fui duas vezes ao Le Comptoir e não me arrependi nem um pouco. O restaurante vive cheio. Até as mesinhas no terraço estavam cheias numa tarde de inverno chuvoso. Na primeira, Sônia e eu visitamos o restaurante no fim da tarde, sem intenção de jantar. Mas Sônia não agüentou, seguindo o meu conselho, pediu uma terrine de pot au feu, que estava deliciosa. Uma invenção. Um cozido com carnes e legumes cozidos, reduzidos e depois prensado numa terrina. Mas foram os vinhos servidos em copos que marcaram a visita, um champagne de exceção, Michel Drappier Pinot Noir Brut non dose. Um vinho encorpado, feito apenas com a uva tinta Pinot Noir e muito equilibrado. A expressão non dosé indica que ele é mais do que seco, sem a adição de açúcar na fase final de elaboração do vinho. Normalmente, é colocada uma dose determinada de açúcar no liqueur d´expediction, o que determina o tipo (brut, séc, etc). No caso, zero de açúcar no liqueur d´especictionr. Um champagne encorpado, espetacular. Com aroma de fermento, evocando padaria, encorpado e concentrado (9 euros a taça de 12 centrilitros). No mesmo nível o tinto Gevrey-Chambertin 2004, de Philippe Pacalet, um produtor de elite, que usa metidos biológicos e cujos vinhos costumam impressionar muito. Um pouco novo, mas com muita classe, evocando caramelo e ameixa preta (90/100 pontos, 14 euros a taça). Na segunda vez, fui almoçar sozinho, lá pelas quatro da tarde e adorei. Para começar um aperitivo nada usual, um belíssimo Chablis Premier Cru Beauroy 2004 feito pelo mesmo produtor, Philippe Pacalet (15 euros o copo de 12 centilitros). Não conhecia nenhum branco desse vinhateiro e fiquei entusiasmado com o branco ao mesmo tempo encorpado e elegante, de cor amarela ouro, com algo de mel, ótima acidez, refrescante e com final de frutas cítricas (mexirica?). Seco, porém bem macio (92/100 pontos). Um almoço de primeira, que começou com uma sopa de lentilhas com foie gras com muito alho, deliciosa. Muito parecida com um prato que ele fazia no La Regalade. As principais características da cozinha de Candeborge emergiram do prato principal, uma joue de boeuf cozido no vinho tinto. Quase uma sopa, com a carne macia servida com massa furadinha. Um prato rústico, cheio de sabor (15 euros). Para acompanhar, um tinto correto, um Saint-Chinia L´Oiselet 2005 de Yannick Pelletierr. Um tinto do Sul da França encorpado e algo rústico. Nada que se possa recordar, mas foi muito bem com o prato (28 euros a garrafa.) Para ajudar a terminar a garrafa, um queijo Sait-Mardellin.

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