"- Eu sempre quis fazer tudo certinho, há mais de 15 anos nos cadastramos no IMA para ter a queijaria de acordo com as normas... mas depois que ganhei a medalha Super Ouro na França em 2017 e estou vendendo nosso queijo de mofo branco a clientes do Brasil inteiro, estou um pouco fora da lei" confessa Marly Leite, produtora de Sacramento.
Mofo branco "natural" com ajudinha técnica
"- O mofo branco sempre deu na nossa queijaria naturalmente, mas minha avó orientava de tirar, lavando e secando" conta Marly. Quando ela participou do primeiro curso de cura dado pela SerTãoBras em São Roque de Minas, em fevereiro de 2017, Marly viu que mofo de queijo não é patogênico e, pelo contrário, agrega sabor e valor ao produto.
No curso, ela aprendeu a cultivar esse mofo, deixando a sala de cura sempre molhada e diminuindo a temperatura. "- Eu virei a mangueira do ar condicionado para dentro da sala de cura, para que a umidade do ar volte para a sala, pingando em um balde e mantendo o ar mais úmido " revela Marly.
Novos queijos
"- Estar fora da lei não é confortável, quero ver logo a alforria da legislação para todos os queijos artesanais brasileiros que estão na mesma situação que eu" disse Marly.
Tikin, Imperial e Senzalinha são as novidades da gama queijeira da Fazenda Caxambu. Veja as explicações no vídeo abaixo.