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Aventuras lácteas entre o Brasil e a França

Só queijo

Só queijo

Adeus à Manelito, o homem que chamou a atenção do mundo para os queijos do semiárido nordestino

O semiárido e o mundo do queijo perderam Manoel Dantas Villar Filho, responsável por desenvolver toda uma gama de queijos que é uma raridade típica nordestina

Manelito foi encontrar Ariano. Aos 83 anos, morreu o homem que chamou a atenção do mundo para a produção de queijo no semiárido.

Foi engenheiro civil, proprietário da Fazenda Carnaúba, em Taperoá, e o primeiro presidente do Instituto Nacional do Semiárido (INSA). Ao lado do primo Ariano Suassuna, ele desenvolveu toda uma gama de queijos que é uma raridade típica nordestina.

Adriana Lucena pedindo benção para Manelito no dia D da fazenda Carnaúba. FOTO: Joaquim Dantas/Acervo pessoal  

Além da alta qualidade e sabores sem igual, seus queijos são famosos por não aceitarem nome de gringo. "Não temos ainda registro, por não querermos colocar "queijo tipo" algum nome francês, como camembert ou boursin, como exige o governo, na contra mão das políticas mundiais para origens dos queijos", conta Joaquim, filho de Manelito, como ele mesmo se apresentava.

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Protesto pela legalização do seu queijo aparece no rótulo: este espaço está reservado para o serviço de inspeção, quando o governo reconhecer o queijo artesanal brasileiro. FOTO: Débora Pereira/SerTãoBras  

Conheci Manelito no dia D da Fazenda Carnaúba em 2017, quando lançamos o Guia de Cura de queijos com degustação de queijos franceses para 400 pessoas. Mas, para fazer uma homenagem pra ele, convidei Adriana Lucena, pesquisadora de alimentos e especialista em queijos nordestinos, que comia na cozinha com ele desde criancinha. Ela escreveu o belo texto abaixo.

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