"Esta não é uma competição para eleger o melhor queijo, mas uma competição destinada a premiar a engenhosidade e a habilidade de fazer queijo" explicou o francês Arnaud Sperat Czar, um dos presidentes do concurso de Melhor Queijeiro do Brasil, que faz dobradinha com o professor Antônio Fernandes (UFV) na função.
O concurso aconteceu durante a Mundial do Queijo do Brasil. A final será em São Paulo no dia 17 de setembro. Seis candidatos participaram, cinco mineiros e uma paulista.
O primeiro teste foi para avaliar a capacidade de improvisação dos candidatos. Cada um recebeu a mesma matéria prima, 50 litros de leite de vacas zebuínas e seus cruzamentos, ordenhado na hora, a 33°C, com qualidade comprovada pela Epamig.
Todos trabalharam no mesmo local e com os mesmos equipamentos: um tanque de aço inox com sistema de aquecimento rápido e uma mesa de drenagem do queijo, fornecidos pela Suck Milk, empresa de Santa Catarina.
Os demais ingredientes e utensílios (fermentos, formas etc.) foram trazidos pelos candidatos.
Depois da prova, cada um levou seu queijo para curar até setembro, onde será degustado por um júri internacional. "Os candidatos explicaram os objetivos que desejam alcançar em matéria de textura, aspecto da casca, intensidade de sabores e o caminho tecnológico que pretendem seguir" disse Antônio Fernandes.
"O desafio vai ser conseguir alcançar o objetivo, ou seja, se o queijo que eles anunciaram neste dia será apresentado como previsto no dia D em São Paulo" completou Arnaud. Todos os queijos foram marcados com etiquetas de caseína da SerTãoBras para não evitar fraudes.
As próximas interações serão à distância. "Vamos fazer reuniões com os candidatos uma vez por mês para explicarem o trabalho em curso. Incentivamos que eles registrem em vídeos também os procedimento para que tudo seja documentado" disse Vanessa Alcolea, da queijaria Pardinho Artesanal, uma das juradas.
Os critérios de julgamento são a conformidade do produto com os objetivos iniciais (35% da nota final), oas boas práticas de higiene (35%) e a qualidade sensorial do queijo no final (30%).
A próxima prova, que será realizada entre 1 de junho e 15 de julho, na queijaria de cada candidato, é fazer um queijo de acordo com um caderno de regras que será igual para todos.
"Os candidatos vão tomar conhecimento do queijo proposto dia 1º de junho e vão iniciar a produção no momento que consideram ideal. Este queijo também será apresentado e julgado em 17 de setembro" explicou Antônio.
Os candidatos
o André Modesto, da queijaria Paiol Velho (Serras da Ibitipoca-MG) o Margarida, da Puro Leite (Passa Tempo-MG) o Martina Sgarbi da Qjo Martina (São Paulo-MG) o Poliana Pontes, da Fazenda Taquaral (Sacramento-MG) o Tarlei Arantes, da Ultra Cheese (Cruzília-MG) o Vítor Gomide, Laticínios Gomide (Viçosa-MG)
Abaixo, live realizada no instagram durante o concurso: