La Fromagerie de Maeva, em Royan, cidade portuária no sudoeste da França, foi aberta em março de 2017. No final do segundo ano de atividades, a dona, Maeva Fernandez, de 28 anos, decidiu apostar na venda de tábuas personalizadas - e seu faturamento dobrou.
"Essa atividade representa entre 20% e 30% das minhas vendas", conta Maeva. "Hoje em dias, as pessoas estão se habituando a levar queijos quando são convidadas para um jantar, mais que uma garrafa de vinho ou um buquê de flores", completa.
Sua boutique segue a tendência das lojas de queijos mais modernas e atuais na França, onde o vendedor não fica preso atrás do balcão.
"Eu sempre achei horrível chegar em uma loja de queijos e ter uma vitrine de vidro separando o cliente dos produtos. Por isso, escolhi colocar prateleiras à esquerda e à direita, equipadas com frio estático, na altura dos olhos dos clientes. Eles escolhem e eu corto a quantidade desejada numa mesa no centro da loja, é bem mais convivial", justifica ela.
A loja tem ar condicionado para ajudar na conservação dos queijos, principalmente no verão, quando o calor é mais forte.
Maeva conseguiu impor um senso de movimento: os clientes entram pela direita, começam a escolher queijos de cabra locais e os de massa mole, depois vão à esquerda para escolher os queijos duros (veja detalhes no vídeo abaixo).
Para ela, a maior dificuldade é conseguir pessoal personalizado para venda de queijos. "As escolas profissionalizantes ficam nas grandes cidades, como Paris, Lyon e Toulouse. As pessoas não querem vir para cidades pequenas... Vender queijos é uma arte, precisa saber explicar o produto, saber cortar, embalar, quem não tem formação tem muita dificuldade", diz ela.