PUBLICIDADE

Bebida

Ah, esse cheiro...

Sempre que sente o cheiro do café sendo torrado na cafeteria Suplicy da Alameda Lorena, perto de seu escritório, o preparador físico Nuno Cobra fecha os olhos e, por alguns minutos, volta a São José do Rio Pardo, cidade onde nasceu, no interior de São Paulo. “Adorava quando chegava uma visita em casa e minha mãe me dizia: Nuno, vai moer o café! E o cheiro tomava conta da casa, era maravilhoso”, ele conta.

Ah, esse cheiro... Foto: Felipe Rau/AEFoto: Felipe Rau/AE
 Foto: Felipe Rau/AE

Também é comum Cobra convidar um amigo para “cheirar o café”, quando quer conversar. “Cheirar o café é uma delícia. O problema é beber”, diz Cobra. “As pessoas engolem de uma vez, sem fazer o cerimonial. Tem de cheirar bem, sentir esse prazer, depois segurar a bebida um pouquinho na boca e então beber.” É o que ele faz sempre que recebe uma xícara de café.

E não é só o café. Cobra desfruta de outros aromas. “Em casa tenho sempre uma manga bonita e perfumada na cabeceira da cama para me deliciar com aquele cheiro de pomar. E, às vezes, também carrego uma casquinha de laranja no bolso”, conta.

 Foto: Alex Silva/AE

Para Cobra, o olfato é um dos sentidos mais importantes, responsável até pela sobrevivência humana. “Tudo o que se coloca na boca deve passar antes pelo nariz. Mas, infelizmente, cheirar a comida se tornou um pecado, falta de educação, nessa sociedade anulante. Nos proíbem de ter prazer”, argumenta o preparador.

PUBLICIDADE

Qualquer pessoa tem seus aromas preferidos, que trazem boas lembranças, dão prazer ou repulsa. E o chefs de cozinha sabem disso. E apostam cada vez mais no aroma como parte intrínseca da comida que levam à mesa. Saiba como na edição de amanhã do Paladar.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE