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Bebida

Atletas profissionais do surfe e do skate criam marcas próprias de cervejas

O medalhista olímpico Pedro Barros e o surfista Marcos Sifu investem em rótulos com sabores marcantes

O surfista Marcos Sifu comanda a marca carioca de cervejas Praya. Foto: Michelngelo BernadoniFoto: Michelngelo Bernadoni
O surfista Marcos Sifu comanda a marca carioca de cervejas Praya. Foto: Michelngelo Bernadoni

Nem só de isotônico e de suco verde vivem os atletas de alto rendimento. Vez ou outra, a cerveja também entra em cena. “Depois de sair da água, nada melhor do que aproveitar o fim de tarde para tomar uma cerveja gelada”, diz o surfista Marcos Sifu, que comanda a marca carioca de cervejas Praya, no Rio de Janeiro. A bebida à base de malte, lúpulo e outros ingredientes que variam de acordo com o estilo de cerveja, também é presença cativa em outras modalidades esportivas, como é o caso do skate. “Faz parte do estilo de vida do esporte. Após o treino, sempre tem churrasco e cerveja”, explica o empresário Andre Barros, que comanda a cervejaria Layback ao lado do filho, o skatista e medalhista olímpico Pedro Barros.

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A conexão entre cerveja artesanal e esporte vai muito além de um mero rótulo temático. Marcas como a Layback, que surgiu em 2013 em Florianópolis (SC), chegam como uma forma de fomentar uma série de ações ligadas à prática esportiva. “Como pessoa física, nós já fazíamos doações para a reforma de pistas de skate em comunidades menos assistidas, para escolinhas e apoio a atletas. Para seguir com esses projetos, surgiu a ideia de criar um produto vendável, que não fosse concorrer diretamente com outros patrocínios dos atletas”, explica Andre Barros.

O skatista e medalhista olímpico Pedro Barros comanda, ao lado do pai, a cervejaria Layback. Foto: Tauana Sofia

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Como não poderia deixar de ser, o universo do skate e do surfe também está traduzido nos rótulos das cervejas da marca, que foram idealizados por Pedro Barros. É o caso das cervejas APA Lime Kush, a Cold IPA e a Hop Lager, desenvolvida a partir de uma collab com Chorão (1970-2013), da banda Charlie Brown Jr. Entre as características das cervejas estão o fato delas serem mais lupuladas e terem sabores mais complexos – sem deixar de lado o drinkability.

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Olha a onda

Mais do que mero apreciador, Sifu mergulhou de cabeça no universo das cervejas artesanais. Seu primeiro contato com esse estilo de bebida foi durante uma viagem à Califórnia (EUA), em 2005.

“Como não tinha quase nada no Brasil, comecei a aproveitar as viagens aos Estados Unidos para provar diversos estilos de cerveja artesanal”, lembra o surfista. Um dia, ele descobriu que dava para produzir em casa. “Fui a uma festa na casa de um amigo nos Estados Unidos e ele tinha uma torneira instalada na porta da geladeira, que jorrava a cerveja produzida na garagem. Aluguei ele a festa inteira para que me explicasse todo o processo”, conta Sifu.

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Com um panelão de feijoada e uma torneira improvisada na geladeira de casa, o surfista fez a sua primeira IPA – um desastre completo. “Chamei meus amigos para provar e eles odiaram. Terminamos todos em um bar”, lembra. Só depois do fiasco ele descobriu que era preciso deixar a cerveja maturando por algum tempo antes de servir. A partir daí, ele se dedicou a acertar a receita witbier, um dos seus estilos preferidos.

Foram dois anos de testes até Sifu chegar à versão atual, à base de malte, lúpulo, sementes de coentro, raspas de limão-siciliano e aveia, com a qual ele começou a marca Praya, em 2016. Depois de seis anos trabalhando apenas com um rótulo, a marca lançou em março deste ano a Lager Puro Malte, uma cerveja mais leve, refrescante e menos condimentada.

Com propósito

A Praya promove uma série de ações ligadas à sustentabilidade – foi uma das primeiras cervejarias do País a ser certificada como Empresa B, ou seja, o negócio tem como foco o desenvolvimento social e ambiental. “Temos uma grande preocupação com os resíduos gerados pelo consumo das nossas cervejas. Tanto que as nossas latas são 100% recicláveis e, em nossos eventos, só utilizamos copos de papel”, explica.

Já a Layback trouxe para a sociedade da marca ícones do esporte, como a skatista Yndiara Asp, o também skatista Vi Kakinho e o surfista Thiago Camarão. O objetivo, segundo Barros, é trazer uma perspectiva de futuro para os atletas. “Depois dessa fase, eles terão não só um respaldo financeiro enquanto a empresa der lucros, como também vão adquirir experiência no empreendedorismo”, diz Andre Barros.

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Uma das ações da Layback de fomento à prática esportiva é o Layback Park. Com 20 unidades espalhadas pelo Brasil, o espaço reúne pista de skate, restaurante e estúdio de tatuagem. O projeto conta ainda com duas unidades da Casa de Praia, em Florianópolis (SC) e Belo Horizonte (MG), onde é possível realizar outros esportes, como o beach tennis. “É um espaço de convivência de várias gerações. Enquanto o filho pratica esportes, os pais podem comer bem, ouvir boa música e até fazer uma tatuagem”, explica Andre Barros. 

Embora a cerveja esteja conectada com o esporte, é fundamental manter o equilíbrio na hora do consumo. “Competições como a Olimpíada exigem disciplina, mas como empresário e pai de atleta eu jamais privaria o Pedro de viver a vida dele”, diz Andre. Quem faz coro é Sifu. “Nós atletas somos humanos. É importante não pensar só em performance, como dedicar um tempo para relaxar.”

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