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Haja casca de laranja

Cervejas de origem belga, feitas com trigo e temperadas com sementes de coentro e casca de laranja, estão muito na moda

O nome – witbier – quer dizer cerveja branca em flamengo. Mas o tom amarelo e turvo lembra um sol de rachar. Essas cervejas de origem belga, feitas com trigo e temperadas com sementes de coentro e casca de laranja, estão muito na moda. No Festival Brasileiro da Cerveja foi lançado um punhado delas, que devem chegar ao mercado na próxima semana.

Vão das mais cabeças, como a Grand Cru, da DUM, uma double wit, ou a Chaparrita, da Ogre, que leva uma mescla de três pimentas, às mais comerciais, como a da Baden Baden, um lote limitado. São feitas sob medida para quem enjoou das cervejas de trigo de estilo alemão – a diferença da wit pra weiss é o tempero e a leveza, sendo a belga quase sempre mais leve que a alemã. As witbiers mais conhecidas no mundo são a Vedett e a Hoegaarden.

 Foto: Estadão

FOTO: Daniel Teixeira/Estadão

A acidez e o corpo leve fazem que ela seja fácil de harmonizar com comida. “É um estilo de grande aceitação e, do ponto de vista do cervejeiro, é muito bacana, pois tem a laranja e especiarias pra brincar”, diz David Michelsohn, da Júpiter, arriscando uma explicação para o boom.

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BADEN BADEN WITBIEROrigem: Campos do Jordão (SP)Preço: n/d

Apresentada no Festival Brasileiro da Cerveja, em Blumenau, a witbier da cervejaria que hoje é parte do grupo Brasil Kirin tem edição limitada e sazonal. Ela tem adição de aroma natural de laranja e de extrato de semente de coentro. A previsão é que chegue às lojas agora na primeira quinzena de abril.

OCEÂNICA BIERLAND Origem: Blumenau (SC)Preço: R$ 16,90 (600 ml)

Também lançada no Festival Brasileiro da Cerveja, a Oceânica é resultado de um concurso de receitas de cervejeiros caseiros (a receita é dos niteroienses Rafael Bertges e Caio Delgaudio). Além da casca de laranja e da semente de coentro, leva gengibre ralado.

SCHORNSTEIN BLANCHE DE MAISONOrigem: Pomerode (SC)Preço: n/d

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Lançada (e medalha de prata) no festival de Blumenau, é resultado de concurso de receita – os autores são Douglas Merlo e Giovani Testoni.

JÚPITER TÂNGEROrigem: São PauloPreço: R$ 19 (600 ml)

Esta ainda vai ser lançada, nesta primeira quinzena de abril. “A ideia é subverter levemente a witbier; para isso, no lugar da casca de laranja, usamos casca de tangerina”, diz David Michelsohn. Vem daí o nome.

OGRE CHAPARRITAOrigem: Curitiba (PR)Preço: n/d

A cervejaria, recém-oficializada, tem um belo slogan: “Só não harmoniza com frescura”. A Chaparrita é uma witbier que, além da casca de laranja e da semente de coentro, leva uma mescla de três pimentas que o cervejeiro Carlos de Manuel afirma ser secreta. Funciona bem.

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GRAND CRU DUMOrigem: Curitiba (PR)Preço: R$ 14,90 (355 ml; preço em Curitiba)

Mais uma lançada no festival em Blumenau. A Grand Cru é uma versão forte da witiber – enquanto as outras têm cerca de 4% de volume alcoólico, ela tem 8,8%. “A gente tinha uma wit caseira bem boa, mas todo mundo tinha uma wit. Aí queríamos algo novo, então fizemos uma double wit”, diz Murilo Foltran.

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