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Bebida

Longe do expresso

Por Cynthia Almeida Rosa

Longe do expressoFoto:

Enquanto o moinho de precisão trabalhava ruidoso processando grãos de café de Iúna, no Espírito Santo, o consultor Ensei Neto mostrava seu lado zen. O engenheiro químico usou técnicas de ioga para preparar a turma da degustação Novos terroirs brasileiros. Primeiro, uma respiração lenta e profunda. Depois, com as mãos unidas, os polegares deslizaram do queixo ao pescoço, até a articulação da mandíbula. “Perceberam que vocês estão salivando mais?”, disse. Sim, deu certo.

Todos prontos, começou a sequência de cafés extraídos por meio de um coador com filtro de papel. Os grãos, vindos de pequenos produtores, foram torrados pelo próprio Ensei. O capixaba, produzido em uma região de serra, no meio da mata atlântica, surpreendeu com suas notas de limão.

A próxima dose veio de um café de Andradas (MG), seguida de um exemplar de Sarutaiá (SP). Por fim, os grãos do Chapadão de Ferro (MG), cujas fazendas ficam dentro da área de um vulcão extinto. “Os cafés brasileiros têm alma própria, têm identidade”, defende Neto.

 

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