Saul Galvão, Didú Russo, José Luiz Pagliari, Luiz Horta, Álvaro Cézar Galvão e Suzana Barelli: seis experts do vinho comandando a degustação vertical do Lote 43 – projeto especial da Miolo. O Lote 43 foi um dos primeiros vinhos top de linha feitos no Brasil, só sai em anos especiais. Os vinhedos estão num terreno histórico, doado pela família real, nos tempos do Império, em que se vendiam lotes a preço de nada. O número 43 é a numeração original daquela gleba.
Foram provadas as safras 1999, 2002, 2004 e 2005, todas as existentes até o momento, numa espécie de mesa redonda e, ao final, feita uma eleição aberta da melhor safra – venceu o 1999, com toda sua rusticidade e expressão da terra… uma “paisagem engarrafada”, segundo Luiz Horta. O curioso foi que, com apenas um voto a menos, a safra 2004 deixou claro como a consultoria de Michel Rolland para a Miolo tem surtido efeito positivo de cuidados técnicos com o vinho.
Saul Galvão, que veio especialmente para a degustação, preferiu o 2004 e depois ponderou: “Esse fetiche europeu de que vinho bom é vinho velho é uma bobagem. Se eu fosse almoçar agora, levaria o 2004″.
