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Bebida

Novos destilados japoneses desembarcam no Brasil

Produtores do 'melhor uísque do mundo' lançam no mercado nacional uma vodca, um gim e um uísque, todos bem suaves

Beam Suntory é a terceira maior empresa de destilados do mundo. Foto: Beam SuntoryFoto: Beam Suntory

Especial para o Estado

Três novos destilados japoneses chegam a São Paulo até novembro: a Haku Vodka, o Roku Gin e o Chita Whisky. A Haku Vodka é feita de arroz polido e filtrada em carvão de bambu, o que lhe dá um sabor suave e delicado. Vai custar R$ 150. O Roku Gin leva seis ingredientes botânicos — como flor de cerejeira e pimenta Sansho — e sai por R$ 180. O Chita Whisky, envelhecido seis anos e com fortíssima demanda no mercado internacional, terá preço de R$ 450.

Beam Suntory é a terceira maior empresa de destilados do mundo Foto: Beam Suntory

Serão os únicos destilados japoneses da Beam Suntory — dona de marcas como Teachers, Jim Beam e Maker’s Mark — vendidos no País. A Beam Suntory é a terceira maior empresa de destilados do mundo, atrás da Diageo e da Pernod Ricard. Em 2015, o grupo nipônico surpreendeu o mercado ao conquistar o prêmio de “Melhor Uísque do Mundo”, do guia Whisky Bible, com a marca Yamazaki — a Chita é uma linha mais acessível, mas parte de sua produção é usada nos blends premiados da destilaria. 

"São destilados muito suaves, como é típico do paladar japonês", diz Carolina Oda, consultora de bebidas que auxiliou a Beam Suntory no lançamento dos rótulos, na Japan House. 

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Haiboru, da Japas Cervejaria, o primeiro highball em lata Foto: Japas Cervejaria

Neste mês, também chega ao mercado paulistano o primeiro highball — mistura de uísque e água gaseificada muitíssimo popular no Japão — em lata do país. O drink é feito pela Japas Cervejaria, marca criada por três mulheres descendentes de japoneses que moram em São Paulo. Por R$ 19 a lata, o Haiboru tem duas versões: a clássica e outra que leva yuzu, fruta japonesa com aroma de tangerina e sabor de limão. “O drink em lata é uma febre no Japão”, diz Fernanda Ueno, sócia da Japas. Serão vendidas em bares como o Emporio Alto de Pinheiros (R. Vupabussu, 305, Pinheiros). 

Invasão dos bares. Apesar de ser uma gigante global com vendas de US$ 5 bilhões ao ano, a Beam Suntory não tinha presença de destaque no Brasil. Seu principal produto no país era o uísque Teachers, que tem vendas relevantes no Nordeste. 

Os novos rótulos japoneses mudam esse cenário. Nos últimos três meses, desde que incluiu os destilados no portfólio, a Beam Suntory conseguiu aumentar de 25 para 200 o número de bares paulistanos parceiros da empresa (que fazem treinamentos conjuntos, ativações de marca etc). “Graças à força desses destilados, as portas se abriram na cidade”, diz Walter Celli, CEO da Beam Suntory no Brasil, Paraguai e Uruguai. 

Roku Gin leva seis ingredientes botânicos — como flor de cerejeira e pimenta Sansho Foto: Beam Suntory

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As novidades japonesas poderão ser encontradas em endereços como o Seen (no Tivoli), o Caju (no Four Seasons), o Aizomê (no Jardim Paulistano) e o Nakka (em Pinheiros). 

Parte da receptividade se deve ao apelo produzido pela premiação do uísque Yamazaki, em 2015. Nos últimos cinco anos, a Beam Suntory vendeu o equivalente a 15 anos de sua demanda usual do destilado.

Sobe e desce. O consumo de gim tem crescido em média 60% ao ano no Brasil. O destilado se tornou popular em drinks como o gim tônica e roubou parte dos consumidores da vodca, cuja participação de mercado caiu. Já a venda de uísque permanece estável. 

No momento, o gim e a vodca da Beam Suntory se encontram parados no Porto de Santos. As 10 mil garrafas dos destilados (5 mil de cada) aguardam, há três semanas, a liberação das autoridades para entrar no país. Celli calcula que a burocracia está perto do fim. “Eles chegam ao mercado ainda em outubro”, garante o executivo. “O uísque (que virá em outro contêiner, com apenas 2 mil garrafas) vem em novembro”, ele conclui.

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