Barris vazios despedaçados e 400 garrafas de vinho de colheitas antigas quebradas. Na vinícola Saintsbury, esse foi o saldo do tremor que atingiu domingo o Vale do Napa, na Califórnia. A 1,6 km do epicentro, a propriedade deve interromper por alguns dias sua colheita.
Rescaldo. Funcionário de vinícola vê o que dá para reaproveitar de barris danificados pelo abalo. FOTO: Justin Sullivan/AFP
O tremor, de intensidade 6 (a escala vai até 10), foi o pior dos últimos 25 anos. Produtores próximos ao epicentro são os que relataram os maiores danos, segundo a Reuters. Um comunicado da Napa Valley Vintners, organização que reúne 500 vinícolas da região, informa que os danos ainda estão sendo contabilizados.
O prejuízo poderia ter sido maior se, na Califórnia, construções não precisassem seguir normas antiterremoto. A vinícola Viader, mesmo mais distante do epicentro, sentiu o tremor. Segundo Janet Viader, danos foram evitados devido à estrutura da propriedade, projetada para enfrentar terremotos.
O brasileiro José Felipe Carneiro, sócio da cervejaria Wäls, que está finalizando uma fábrica na Califórnia, explica que durante o processo de construção é necessário seguir instruções que têm como fim evitar acidentes em caso de abalos.
“As autoridades avisam sobre o risco de tremores. Caso você não siga as orientações, não consegue as licenças necessárias para funcionar”, explica.