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Bebida

Um passeio pelo Brasil na carona do Cabernet Sauvignon

José Luis Pagliari (Foto: JB Neto/AE)

Degustação de cabernet sauvignon (. Foto: JB Neto/AE)Foto: JB Neto/AE)

Por José Orenstein

Como avaliar o potencial de produzir bons vinhos em diversas regiões do Brasil? A resposta do enófilo José Luiz Pagliari no Paladar – Cozinha do Brasil foi montar um painel de degustação com oito vinhos diferentes, todos feitos com a mesma uva – a célebre Cabernet Sauvignon.”A madeira mascara as características primárias da Cabernet Sauvignon, por isso a comparação é para ver como cada vinho pode evoluir”, disse Pagliari.

Após breve comentário sobre essa cepa – que é mais plantada em todo o mundo e que nasceu do cruzamento espontâneo entre a Cabernet Franc e a Sauvignon Blanc -, Pagliari começou a degustação seguindo um roteiro de norte a sul do Brasil.

Degustação de cabernet sauvignon ( Foto: JB Neto/AE)

O primeiro degustado foi o  Rio Sol Winemakers Selection, 2008, feito na região do vale do rio São Francisco. O segundo era do Paraná, Dezem Atmo, 2005. O seguinte veio de Santa Catarina; Núbio, 2006. Pagliari explicou que os vinhos de lá são produzidos com uvas de maiores altitudes para compensar a latitude inadequada onde são plantadas. As últimas cinco garrafas provadas eram do Rio Grande do Sul, região responsável pela produção de 90% dos vinhos finos do Brasil.

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Dois desses vinhos gaúchos que Pagliari trouxe são de regiões pouco conhecidas mesmo entre apreciadores. O Antonio Dias, 2008, que vem da região do Alto Uruguai, e o Velho Amâncio Reserva, 2005, feito próximo ao município de Itaara. Os outros três vinhos degustados foram o Don Laurindo, 2007, o Lidio Carraro Grande Vindima, 2007 (que não passa por madeira), e o bem avaliado Quinta do Seival, 2008, produzido pela Miolo.

Feito o percurso pelo Brasil vinífero – usando a Cabernet como veículo -, Pagliari acalmou aqueles que porventura estivessem apressados em tomar todos os vinhos apresentados. “Não tem momento certo para se tomar um vinho”, disse. O conselho é comprar três garrafas dos bons vinhos de guarda e acompanhá-los ao passar do tempo.

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