“Além da identificação da figura do caipira com Minas, a cana é muito cultuada no Estado e usada para fazer cachaça. Queríamos homenageá-la também na cerveja”, afirma o cervejeiro José Felipe Carneiro, um dos sócios da Wäls. Ele conta ainda que serão usados cerca de 400 litros de caldo de cana na receita, que deve ter, ao todo, 2 mil litros. A cana, segundo Tiago Carneiro, outro sócio da Wäls, será fornecida pela cachaçaria mineira Vale Verde, de Betim. O uso do ingrediente teria sido ideia do próprio Oliver, declara José Felipe.
FOTO: Fred D. Conrad/NYT
Também deve ser utilizado fermento líquido da americana Brooklyn, onde Oliver já produz uma saison elogiada, a Sorachi Ace. A cervejaria norte-americana já fez cervejas colaborativas na Alemanha, com a Schneider – batizada de Hopfenweisse, produzida nos dois países – e Itália, com a Amarcord, a Ama Bionda.
Além da atividade na Brooklyn, Garrett Oliver é um nome de referência na harmonização da bebida – é dele o livro A Mesa do Mestre-Cervejeiro, um dos mais consultados para combinar fermentadas e diferentes tipos de pratos.
Linha fixa. A Wäls também lançou, recentemente, uma saison de produção própria, a 42, que leva amêndoas, café, abacaxi e limão em sua composição. Ela passou a integrar a linha fixa da cervejaria, e o mesmo deve ocorrer, segundo Tiago, com a Saison de Caipira.
Neste ano, a Cervejaria Nacional, na capital, testou o uso de caldo de cana em uma sour ale – receita com notas ácidas –, batizada de Wakari.
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