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Bocuse D’Or passa a fazer seletivas regionais no Brasil neste ano

Copa do Mundo da gastronomia terá, em outubro, 8 competidores das cinco regiões do país – apenas 4 disputarão, em 2017, uma vaga para ir ao México

A competição ocorre em todo o mundo dentro da feira de negócios Sirha, presidida aqui pelo chef Claude Troisgros. Foto: Daniel Cruz|Estadão Foto: Daniel Cruz|Estadão

Do Rio de Janeiro 

O Bocuse D’Or – a maior competição mundial da gastronomia – ganhou novas regras no Brasil e neste ano promoverá uma seletiva regional para escolher oito candidatos que, em outubro, disputarão quatro vagas para a final nacional em 2017. A seleção continua sendo por meio da análise de receitas (sem que a organização saiba o nome dos candidatos), mas desta vez as vagas estarão divididas por região do País. Serão 3 vagas para o Sudeste, 2 do Nordeste, 1 do Sul, 1 do Norte e 1 do Centro-Oeste.

A competição ocorre em todo o mundo dentro da feira de negócios Sirha, presidida aqui pelo chef Claude Troisgros Foto: Daniel Cruz|Estadão

A ideia da organização do evento, fundado em 1987 na França pelo renomado chef Paul Bocuse, é difundir o concurso por várias partes do País, estimulando a participação de cozinheiros de fora da órbita do Sudeste.

Pela primeira vez, o Bocuse D’Or terá um presidente-executivo, Thomas Troisgros, abaixo do presidente Laurent Suaudeau. A intenção é que Thomas ajude a congregar jovens cozinheiros e a competição traga gente nova no mercado.

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Apesar de a vencedora do Bocuse D’Or Brasil do ano passado ter sido a alagoana Giovanna Grossi, de 24 anos, a maior parte dos participantes tinha mais de 30 anos (e era do Rio ou de São Paulo).

“Vamos contar com a ajuda de chefs de vários Estados para divulgar o concurso e ajudar a indicar nomes. Mesmo assim, todos eles vão ter que passar pela seleção”, disse Thomas nesta quarta-feira (18), no evento de lançamento da edição 2016 no Rio.

A brasileira Giovanna Grossi venceu a edição latino-americana do concurso no ano passado e vai para França representar o Brasil na final Foto: Divulgação

A competição ocorre em todo o mundo dentro da feira de negócios Sirha, presidida aqui pelo chef Claude Troisgros e promovida pela multinacional francesa GL Events. No Brasil, ela tem sede no Rio, foi realizada pela primeira vez em 2015 e, neste ano, será de 4 a 6 de outubro, no Riocentro.

Última edição. Giovanna ganhou a competição nacional no ano passado, representou o Brasil na etapa latina no México, em fevereiro deste ano, e lá ficou em primeiro lugar – assim, ganhou uma das três vagas para ir a Lyon em fevereiro de 2017, para a final mundial, quando mais de 20 países participam da competição.

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Em paralelo às etapas latina e mundial, sempre bienais, o concurso será realizado no Brasil todo ano, dentro do Sirha, com 8 candidatos regionais num ano e 4 finalistas no ano seguinte – apenas um vencedor nacional a cada dois anos irá para a final latina no México disputar uma vaga para ir à França.

Giovanna e Laurent Suaudeau, presidente do concurso Foto: JF Diorio|Estadão

As inscrições para o Bocuse D’Or Brasil serão abertas em junho, assim como para participar da Coupe du Monde de la Pâtisserie, o equivalente da confeitaria do Bocuse D’Or.

Além de querer atrair mais cozinheiros para os concursos, a organização espera aumentar o número de visitantes à feira, com maior número de expositores. No ano passado, foram 170 marcas e cerca de 9 mil visitantes – para este ano, os expositores sobem para 270 e espera-se de 12 mil a 15 mil pessoas no pavilhão durante três dias de evento.

* A repórter viajou ao Rio a convite da GL Events

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