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Briga de cão e gato

Pode uma lei modificar a cultura culinária de um lugar? Será justo? Notícia publicada ontem no jornal The Independent afirmava que, a partir de abril, uma lei poderá colocar na cadeia consumidores e vendedores de carne de cachorro e gato na China.

Briga de cão e gatoFoto:

É a primeira vez que uma lei sobre abuso de animais tem a chance de virar realidade – há denúncias de que a produção de carne canina é feita sem controle e que o abate se dá de forma cruel.

O projeto de lei pretende cobrar uma multa de quase US$ 750 e prisão de 15 dias para quem for pego comendo carne de cão ou gato e cem vezes este valor para quem vendê-la em restaurantes, bares ou nas ruas. Não haverá atenuantes; a punição é sumária.

A adesão de jovens e imigrantes a grupos de defesa dos animais cresce a cada ano, mas mesmo entre as entidades não há consenso. A questão é: não se pode abolir um costume com uma lei. Muito menos um costume amparado pela necessidade; este tipo de alimento é mais barato e acessível que carne bovina. Mesmo assim, desde o ano passado os ativistas mais radicais têm feito passeatas e bloqueios nas estradas que fazem transporte de animais para abate.

“Cozinhá-los vivos é cruel. Isso sim deve ser punido. Mas proibir o consumo de carne canina e felina é coibir a escolha pessoal. Cada um decide o que quer comer”, afirmou o leitor de um jornal de Nanjing. “Muita gente na China não pode comprar carne bovina. Não podemos copiar, cegamente, os costumes ocidentais.”

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