Patricia Medina tem 18 anos e vive com a família numa casa de madeira localizada no lote MZG2-LT 18, sector E2, no assentamento de Pachacutec, na periferia de Lima. Diz que se sente uma garota de sorte. Não apenas por ter conseguido uma das 22 vagas semestrais no curso profissionalizante de cozinheira – para as quais havia 400 concorrentes –, mas porque consegue chegar à escola com apenas 20 minutos de caminhada. Anda pelas ruas de areia orgulhosa em seu dolmã branco, calças de pied de poule e toque blanche. Bem diferente da maioria dos colegas, que moram longe, como Elizabeth Torres, que sai de casa em Chossica às 4h30 e viaja três horas de ônibus para chegar à escola às 7h55.
Cercada pelas alunas, Rocío Heredia, diretora do instituto. O Pachacutec oferece a jovens carentes cursos de cozinha, de barista, em aulas dadas por Acurio e outros chefs.
Patricia, com os pais e a irmã, em sua casa em Pachacutec.