De tudo um porco
Quando os quatro pedaços de pernil foram colocados à mesa, a alegria se instalou: nem parecia uma prova técnica com alimentos preparados com a menor interferência possível em seu estado natural e sem tempero. O perfume chegou antes da carne, aguçando os paladares. A boa impressão se confirmou com a primeira olhada na crosta douradinha, crocante.
Mas a semelhança terminou aí. Na boca, sabores e texturas foram bastante distintos. Provamos carnes que pareciam perdidas no tempo, de porcos que remetiam a seus antepassados, selvagens. Pedaços em que a riqueza da dieta do animal se escancarava entre o sabor e a textura da carne. Uma amostra com gosto de couro e ranço. E também um pedaço bem gostoso, que só não empatou em primeiro lugar porque o campeão era fora de série.
Comente