FOTO: Marko Djurica/Reuters
O tal queijo está sendo produzido na Sérvia, na reserva natural de Zaravica. Feito com leite de jumenta, na fazenda dentro da reserva, 80 km a oeste da capital da Sérvia, Belgrado, ele custa R$ 2.607 o quilo. O produto é exclusivo: essa é a única fazenda do mundo que ordenha jumentas para a produção de queijos.
“A produção de queijo pode ajudar a garantir a sobrevivência desta espécie, ameaçada de extinção”, afirma o diretor da reserva, Slobodan Simic. A fazenda tem cerca de 130 animais da raça Balcânica. As jumentas são ordenhadas três vezes por dia, em um processo que precisa ser manual porque não há ordenhadeiras para jumentas.
O leite de jumenta (além de ter servido aos banhos da Cleópatra no Egito antigo) tem 1% de gordura e só é bebido fresco porque parte de seus nutrientes se perde na fervura. Sua concentração de vitamina C, por exemplo, é 60 vezes a do leite de vaca. Uma jumenta produz 200 ml de leite por dia. Por isso, o litro de leite de jumenta custa 40 euros. Para fazer 1 kg de queijo, são necessários 25 litros.
“Ninguém produz queijo de jumenta no mundo porque é caro demais. Na Europa, o preço chegaria a 5 mil euros o quilo. Mas decidimos encarar o desafio de produzi-lo a um preço mais baixo, cerca de 1 mil euros o quilo. Isso faz dele o queijo mais caro do mundo. Não há hoje um queijo tão valorizado e feito numa escala tão pequena, quanto o nosso”, afirma Simic, que diz que a fazenda vai começar a exportar para Reino Unido e Alemanha e, depois, para todo o mundo. Ele diz acreditar que o queijo vá se tornar famoso apesar do preço.
O queijo será vendido em porções de 50 gramas em lojas de luxo – além de nos restaurantes de Djokovic.