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Comida

Exercício de futurologia

Língua de boi (Foto: Alex Silva/AE)

Exercício de futurologiaFoto:

Por Olivia Fraga

Roberto Smeraldi e José Barattino ousaram pensar no futuro da mesa brasileira. O que comeremos em 2020? Ante a visão catastrófica do cinema, que previa tempos de fome, escassez e monocultura, até que o quadro não está tão desesperador. A comida vai ficar cara, mas é preciso enxergar comida em tudo.

“Os grandes pratos nasceram de apertos”, afirma Smeraldi. O gastrônomo é bem otimista: crê que a legislação que trava o desenvolvimento (e a circulação) dos produtos artesanais vai mudar quando o mercado exigir. E o mercado já exige: o consumidor já se acostumou a ver nas feiras e supermercados produtos gourmet, chocolate com porcentagens diferentes, quinua, bottarga – e partes de um Brasil que ainda custa a ser chamada de ‘exótica’.

Na mesa em 2020, a dupla de futurólogos enxerga a brasilidade não “exótica”, pé no chão, diversa por natureza e por dimensão, livre para circular em todo o território. Tucumã da Amazônia, queijo de cabra de Alfenas (MG), o queijo da Serra da Canastra transformado em musse, “produto emblemático que precisa da nossa proteção”, segundo Barattino, carne bovina aproveitada em sua integralidade, muita proteína vegetal (todos os feijões possíveis): os terroirs brasileiros produzidos em escala de consumo nacional e internacional. Veem nos restaurantes o papel fundamental de fomentadores de técnicas e descoberta.

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