O mel de abelhas nativas é geralmente mais ácido e mais líquido (menos viscoso) do que o mel de Apis. Além disso, o principal fator na determinação das características do mel é a florada. Na descrição sensorial das espécies abaixo, Jerônimo Villas-Boas traça características gerais de méis degustados com mais frequência, mas todas elas estão sujeitas a variações de acordo com a florada predominante.
Jataí | Sudeste Tem em todo o Brasil, mas é símbolo do Sudeste: mel mais ácido e frutado.
Jandaíra | Sertão do NE Frutado e resinoso, muitas vezes com notas de especiarias como cravo e cardamomo.
Uruçu cinzenta ou tiúba | Amazônia oriental Frutado, é relativamente doce, menos ácido.
Uruçu-boca-de-renda | Amazonas Mel relativamente doce e floral, preserva o buquê dos néctares que o compõem.
Bugia ou uruçu amarela | Paraná e Santa Catarina Herbáceo, com notas de especiaria.
Mandaçaia | Sudeste Relativamente doce, menos ácido, floral e frutado.
Guaraipo | Região Sul Floral e frutado, muitas vezes com traços de amargor.
Apis | Brasil todo Mel doce e viscoso.
Canudo | Centro-Oeste Extremamente ácido, resinoso, com notas cítricas ou de maracujá.
O mel é a fonte natural de maior concentração de açúcar e há indícios de que tenha sido consumido desde a Pré-História. No Brasil, até o século 19, só havia no Brasil mel de abelha nativa e os índios buscavam nele a energia para longos períodos de caça.
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