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Comida

Nas trilhas das festas e quitutes mineiros

A mesa de doces trazidos de Minas (Foto: JB Neto/AE)

Nas trilhas das festas e quitutes mineirosFoto:

por José Orenstein

O cheiro de pé-de-moleque misturado ao de queijo canastra e goiabada cascão dominava a sala quando Rusty Marcellini começou sua palestra no Paladar – Cozinha do Brasil. Era a senha para adentrar o interior de Minas Gerais e conhecer os quitutes que são servidos em algumas tradicionais festas mineiras.

Mas achar essas comidas não é fácil. “Todo mundo se questiona como os ingredientes chegam até nós. Mas e o contrário? Turismo gastronômico no Brasil é simplesmente inexistente.” Rusty então teve de desbravar trilhas em busca das comidas típicas, caseiras e curiosas como o maior pé-de-moleque do mundo, do festival de Piranguinho. Vídeos feitos pelo próprio gastrônomo, in loco, ilustraram suas andanças pelas cidadelas mineiras. E trouxeram exemplos bem e malsucedidos de festas locais.

Em alguns casos, como no Festival de Comidas da Roça, de Itapecerica, Rusty percebeu que, curiosamente, muitas das comidas servidas nas 30 barraquinhas eram feitas com ingredientes comprados em supermercado – mesmo que os quitutes façam parte da cultura local, como o tradicional bolinho de milho. Na Festa do Morango, em Estiva, não encontrou nenhuma estrutura para o turismo ou incentivos para a invenção de comidas com a fruta. Teve de ir sozinho descobrir os belos campos de morango e conversar com os produtores.

Já no Festival da Jabuticaba, em Sabará, a coisa funciona melhor, com apoio da prefeitura. Tem até “aluguel de jabuticaba”. Uma hora em um pé carregado custa R$ 50 (negociáveis). Mas só vale comer na hora! Além da fruta, licores e geleias são comercializados por lá. Outro festival que deu certo é o da Quitanda, em Congonhas. Premiam-se as melhores receitas da região, o que acaba incentivando a produção no entorno da cidade. A palestra terminou com uma degustação dos quitutes garimpados por Rusty no interior mineiro.

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