Certo, talvez cruzar as florestas de pinheiros, as estepes, os Cárpatos, os Urais e enfrentar o inverno do Leste Europeu, para o qual Hitler e Napoleão não foram páreo, seja mais difícil. Mas percorrer essas paisagens seria absolutamente necessário para listar todas as formas de cozinhar um borscht. Se traçássemos um círculo que tomasse Kiev como centro, seria preciso abrir o compasso generosamente para abraçar os diversos borschts.
FOTO: Alex Silva/Estadão
Quente ou frio, com ou sem caldo de carne, com ou sem batata, com ou sem cebola, com ou sem cogumelos, fermentado ou não, vinagre ou limão, uma pitada ou nada de açúcar, com ou sem alho, mais ralo ou mais grosso, acompanha ou não pão preto…
Melhor parar por aqui. Só há duas certezas (e meia) sobre o borscht. (A meia certeza é que é tomado com creme de leite – há grupos que refutam veementemente o hábito). Uma é que é uma sopa feita de beterraba. A outra é que o melhor é o da minha avó.
LEIA MAIS: O gosto púrpura
>> Veja todos os textos publicados na edição de 8/11/12 do Paladar