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Comida

Parece sardinha, mas não é

As sardinhas doces de Trancoso (Foto: Janaina Fidalgo/AE)


Sardinha de Trancoso, com doce de ovos e amêndoas
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Quando parece não haver mais o que descobrir no mundo dos doces portugueses, surge um para surpreender. Não pelos ingredientes, que não fogem muito das gemas e amêndoas, mas pelo formato. Estava circulando e cobiçando farinheiras, chouriços e morcelas, durante um encontro de vinhos em Celorico da Beira, em Portugal, e umas “sardinhas” estaladiças chamaram a atenção.

Sem ninguém para dar informações naquele momento (e vendo minha expressão de dúvida e curiosidade), um português que passava ao lado se antecipou. “Sim, não é sardinha. É mesmo um doce”. E tradicional em Trancoso, uma vila que fica aqui perto. Uma massinha folhada e bem crocante envolve um recheio de doce de ovos e amêndoas. E, por fora, há uma camada finíssima de chocolate que, felizmente, quase nem se percebe. Bem gostoso.

Sardinha de Trancoso, com doce de ovos e amêndoas  

Mas ainda acho que os mais irresistíveis são os pastéis de Belém (ou de nata, como são chamados os feitos em outros “sítios”, como dizem aqui). Na pastelaria diante da Torre de Belém, em Lisboa, chegam morninhos à mesa. A massa é superleve e estala na boca, e o recheio é menos doce que os de outros cantos.

Pastel de Belém ( Foto: Janaina Fidalgo/AE)

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Em Condeixa-a-Nova há também umas rosquinhas de massa folhada e doce de ovos, as argolas. Levemente açucaradas por fora. Sem falar nas hóstias conventuais provadas na pastelaria Vasco da Gama, em Coimbra, que levam, além de gemas, doce de chila (que lembra abóbora). Por sorte não faltam ruelas montanhosas e escadarias para queimar tanto açúcar e manteiga e ovos.

Argola, da Doçaria Sissi, em Condeixa ( Foto: Janaina Fidalgo/AE)

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