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Paribar renascido compra tudo no terroir do centro

Luiz Campiglia se apaixonou pelo centro de São Paulo quando era office boy. “Circulava muito e sempre achei interessante a diversidade de pessoas”, diz. O tempo passou, ele se formou em administração, foi trabalhar com comércio exterior. Estava em fase de transição de carreira quando foi convidado a montar um café – no centro. “A pessoa achou que eu ia sair correndo ao saber do endereço, mas foi o contrário”, conta.

Paribar renascido compra tudo no terroir do centroFoto:

Um dia, durante a reforma para montar a cafeteria, Luiz estava na calçada quando um cozinheiro disse que já havia muitos cafés na região, mas faltavam restaurantes. Nasceu assim, em 2005, o Santa Fé, especializado em massas. O que Luiz não avaliou bem na época é que o imóvel de número 42 da Praça Dom Gaspar era um endereço lendário. Lá funcionou de 1950 a 1970 o Paribar, ponto de encontro de intelectuais, boêmios e artistas paulistanos. “As pessoas entravam aqui e choravam, era muito louco”, conta. Cinco anos depois, ele reformou o ambiente e o conceito e reinaugurou a casa como Paribar. “A proposta não era ressuscitar o estabelecimento famoso, mas homenageá-lo”. Deu certo.

História. Luiz ocupa um endereço lendário da boemia e intelligentsia paulistana. FOTOS: Leandro Godoi/Divulgação

O agora chef vive o centro 24 horas por dia. Trabalha, mora e compra 95% de tudo o que serve no restaurante na região. É frequentador assíduo do Mercadão, da zona cerealista, de pequenos açougues da Bela Vista. Ele acha que valorizar o comércio local é o jeito de contribuir para o desenvolvimento da região. “O centro é muito rico, tem de tudo”, diz. Estes são alguns dos fornecedores de Luiz.

Banca da Janete. É onde ele compra a calabresa picante que faz sucesso na casa, feita ali, lombo condimentado e picanha defumada. Além da seleção de azeitonas. (Mercado Municipal, box D13, 3311-7542).

Horti Frutícola Miyashiro. O estragão, o cerefólio, os aspargos, o alecrim e tomilho que o chef usa são comprados fresquinhos no entreposto da d. Maria (acima), que fica no mercado de verduras no lado de fora do Mercadão. (R. da Cantareira, 377, Boxes 52 e 53, 3228-0689).

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Ki-Peixe. Seu Jair (acima) já sabe que Luiz vem em busca daquilo que estiver mais fresco no dia – a bom preço, claro. Lula, vôngole e peixes servidos no Paribar são “pescados” pelo chef aqui. “O polvo deles é imbatível e o preço é bom”, afirma Luiz. (Mercado Municipal, boxes A2 e A8, 3312- 0066).

Laticínios Camanducaia. Um dos carros-chefes do Paribar são as massas feitas na casa. Farinha, semolina, mussarela, ketchup, arroz, vêm dessa loja da zona cerealista. (R. Santa Rosa, 183, 187 e 191, 3312-7555).

G. Frederico. Macis, zimbro, cardamomo, noz-moscada, pimenta-da-jamaica, páprica doce… Luiz diz que já conheceu muitas ervas e especiarias nessa banca do Mercadão. (Mercado Municipal, box F21, 3227-8420).

Casa Flora. “Lá descobri o rigatello, que lembra o parmesão e só eles têm.” Não é uma pechincha, mas vale pela variedade (R. Santa Rosa, 207, 2842-519).

SERVIÇO – Paribar Praça Dom José Gaspar, 42, República Tel.: 3237-0771 Horário de funcionamento: 11h30/0h (dom., 9h/15h) Cc.: todos

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