Quais doces existem no mundo e como as pessoas os consomem? Qual a relação cada sociedade desenvolveu com essas alimentos com o passar do tempo? Essas são algumas das perguntas que a pesquisa internacional The Candy Project, ainda em desenvolvimento, pretende responder. O levantamento é organizado pelo chef espanhol Andoni Aduriz e pelo sociólogo Iñaki Martinez, com o apoio da organização Slow Food e da Universidade de Ciências Gastronômicas, na Itália.
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Aduriz, chef doMugaritz, considerado o sexto melhor restaurante do mundo pela revista britânica Restaurant, foi o idealizador do projeto. Na página oficial do projeto, ele explica que, durante suas viagens pelo mundo, percebeu que todas as culturas possuem uma forte conexão com os doces, mas algumas questões como qual o sabor predominante ou como e onde esses alimentos são consumidos ainda estão sem respostas.
No final de 2013, a equipe do projeto deu início a pesquisa, que se divide em duas partes, uma teórica e outra prática. A primeira fase consistiu em levantar conhecimentos básicos sobre os doces ao redor do mundo. Feito isso, os pesquisadores distribuíram questionários com perguntas sobre o que são os doces em cada país, o que eles representam para as sociedades, onde e quando são consumidos e vendidos, qual o doce marcou a infância de cada pessoa e quais os sabores mais comuns ao redor do planeta. As perguntas foram entregues a cerca de 100 mil pessoas de 150 países diferentes, aos membros do Slow Food e da Universidade de Ciências Gastronômicas, e também estão disponíveis para serem respondidas no site do Candy Project.
A partir dos resultados do questionário, os pesquisadores vão montar um mapa mundial dos doces. A ideia é que esse mapa ajude a compreender se a globalização diversificou ou homogeneizou o consumo dos doces, como esses alimentos contribuem para a relação de “prêmio e punição” (se você se comportar bem, vai ganhar um doce, por exemplo) e qual a relação do imaginário infantil com as gostosuras. Não há uma previsão de quando a pesquisa será concluída e divulgada. Quem quiser participar, pode entrar no site e responder o questionário.