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Comida

Tudo empacado? Menos (ainda bem) o paladar

Imagina-se que, em tempos difíceis, quando sentamos à mesa, queremos uma comida que nos traga (pelo menos isso, pelo menos aqui) conforto. Um estudo feito por Stacy Wood, professora da Universidade da Carolina do Sul, nos EUA, prova o contrário.

Tudo empacado? Menos (ainda bem) o paladarFoto:

Sabe aquela carne crocodiliana que você ainda não teve coragem de provar? O drinque de planta bebívora do Paladar da semana passada? Um simples pão-de-queijo daquele lugar que todo mundo diz que é o máximo, mas que você não conhece porque é fora da rota e toda vez que se programa para ir sente uma inconciliável preguiça? Você provavelmente experimentará essas coisas em um dia muito diferente daquele que imaginou.

Quando uma pessoa está passando por uma avalanche de mudanças, fica menos inclinada a optar por comidas familiares e mais sugestionada a conhecer novos sabores. Ou seja, procuramos o desconforto justamente durante nossas fases de vida mais deconfortáveis.

Segundo a pesquisa, isso não é legal. O timing ruim seria um poderoso desestimulante. Por quê? Em outro estado de espírito, a pessoa até poderia voltar ao restaurante, adquirir o hábito de pedir aquela comida…mas aí vem a lembrança, tão inofensiva e tão certeira como uma mosca rodeando seu prato.

A mesma capaz de fazer você salivar pela comida da vovó faz você recordar, com a precisão do painel que subitamente pisca com sua senha na sala de espera, como foi esquisito aquele dia em que resolveu bancar o comilão explorador.

E então, a mil léguas da crise, você sorri meio de lado e come confortavelmente sua polentinha de colher no boteco da esquina.

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