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Quanto custa comer nos melhores restaurantes da América Latina?

Saiba mais sobre os dez primeiros colocados do ranking regional do 50 Best 2019

Sanguchito de chicharrón. Foto: MaidoFoto: Maido

O ranking Latin America's 50 Best Restaurants foi anunciado na noite de quinta-feira, 10, em uma cerimônia no Centro Cultural Usina del Arte, em Buenos Aires, Argentina. Pela terceira vez consecutiva, o peruano Maido, restaurante limenho especializado na cozinha Nikkei, ficou no topo da lista.

Dois restaurantes brasileiros ficaram entre os dez primeiros colocados: A Casa do Porco, dos chefs Jefferson e Janaína Rueda, na sexta posição; e D.O.M., do chef Alex Atala, na 10ª colocação. Na lista completa, outros sete restaurantes brasileiros marcaram presença.

As novidades no top 10 são o colombiano El Chapo, que ficou com a sétima colocação, e o peruano Osso, na nona posição.

Conheça os dez primeiros colocados do ranking 50 Best América Latina e veja quanto custa comer em cada um deles.  

 

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1º Maido

O chef Mitsuharu Tsumura, conhecido como Micha, é quem está por trás da experiência nikkei do restaurante Maido, em Lima, no Peru. O termo faz referência ao estilo combinado das culinárias japonesa e peruana, presente no país desde a década de 1990. A cozinha autoral favorecida pela variedade e pelo frescor de peixes e frutos do mar, dá vida a pratos como niguiri à la pobre — espécie de sushi de entranhas, ovos de codorna e molho ponzu. O menu-degustação, com 13 etapas, custa 525 sóis peruanos (R$ 635) ou 870 sóis peruanos (R$ 1.050) com harmonização. O restaurante abre de segunda a sábado, na Rua San Martín, 399.

Sanguchito de chicharrón. Foto: Maido

2º Central

Presença constante entre os primeiros colocados no ranking da América Latina, o restaurante Central, em Lima, no Peru, brinca com o conceito de altitude como storytelling para o menu assinado pelos chefs Virgilio Martínez e Pía León. Cada prato simboliza uma altura diferente do território peruano, com base nos ingredientes localizados em cada nível,  do fundo do mar aos picos dos Andes. O menu padrão com 16 etapas, chamado Alturas Mater, custa 592 sóis peruanos (R$ 715), enquanto a opção mais curta, com 12 pratos, custa 568 sóis (R$ 690). O Central fica na Avenida Pedro de Osma, 301, e abre de segunda a sábado.

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Prato do Central. Foto: Central

3º Pujol

O restaurante contemporâneo Pujol, do chef Enrique Olvera, é referência na Cidade do México. Sua culinária inspira-se na cozinha tradicional do país, sobretudo nas técnicas e ingredientes das regiões de Oaxaca e Baja California. Alguns dos destaques do cardápio são os “elotitos” de maionese de café e formiga chicatana e a já clássica criação de Olvera “mole madre”. O Pujol trabalha com três opções de menu-degustação: o Maíz (milho), que custa 2.227 pesos mexicanos (R$ 460); o Mar, com o preço de 2.554 pesos mexicanos (R$ 530); e o Balcão de Tacos, por 3.332 pesos (R$ 690). Os dois primeiros são compostos por sete pratos relacionados ao nome. A principal mudança no Pujol neste ano foi a decisão de não servir mais carne vermelha. Ele fica na Rua Tennyson, 133.

Prato do Pujol. Foto: Pujol

4º Don Julio

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A Parrilla Don Julio é um dos locais de maior sucesso na gastronomia da capital argentina. Sob o comando do chef Pepe Sotelo, o restaurante trabalha com cortes bovinos das raças Aberdeen Angus e Hereford, criados a pasto — e quase todas as carnes passam pelo processo de maturação. Recentemente, incorporou ao menu embutidos artesanais de fabricação própria. Destaque para o bife de chorizo, um de seus pratos mais emblemáticos, e para a adega que abriga centenas de rótulos locais. Como menu é à la carte, o tíquete médio da casa é de 1.900 pesos argentinos (R$ 140) por pessoa. O Don Julio fica na Rua Guatemala, 4.699, e abre diariamente.

Corte de carne do Don Julio. Foto: Don Julio

5º Boragó

Sob a batuta do criativo chef Rodolfo Guzmán, o Boragó aposta em produtos endêmicos do território chileno para criar uma premiada culinária contemporânea. Grande parte dos ingredientes é obtida com pescadores, comunidades coletoras e pequenos produtores. O restaurante também produz leite e vegetais próprios e utiliza água da chuva da Patagônia. Entre os pratos, destaque para o bolo de lagostim chileno e caldo de raiz de kolof. O menu-degustação Endémica, com 16 a 20 preparos, custa 85.000 pesos chilenos (R$ 485), enquanto o menu Raqko, com cinco, custa 45.000 pesos chilenos (R$ 255). O Boragó abre de segunda a sábado. Fica na Avenida San José María Escrivá de Balaguer, 5.970, na capital Santiago.

Prato do Boragó. Foto: Boragó

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6º A Casa do Porco

Instalada na região central de São Paulo, A Casa do Porco, do chef Jefferson Rueda, define seu estilo culinário como “alta cozinha popular”. Figura nas principais listas dos melhores restaurantes do  mundo e tem um estilo particular: não aceita reservas, investe em um cardápio de preços consideravelmente mais baixos que os demais restaurantes gastronômicos e atende por delivery. O menu-degustação atual é “O Porco É…”, uma sequência de aperitivos e dez pratos com sacadas divertidas, que custa R$ 129. A estrela é o porco sanzé, assado inteiro em churrasqueira à vista dos clientes por até oito horas. A Casa do Porco abre todos os dias, na Rua Araújo, 124. As filas de espera são longas e constantes.

Tartar de porco. Foto: A casa do porco

7º El Chato

O colombiano El Chato, do chef Alvaro Clavijo, estreou na lista no ano passado, na 21ª posição. Descrito como um bistrô contemporâneo, o restaurante homenageia os pequenos produtores com um menu sazonal que valoriza ingredientes locais. O menu degustação, servido no almoço, tem quatro pratos, e sai por 55.000 pesos colombianos (R$ 65). No almoço e no jantar, também são servidos pratos a la carte. Fica na Calle 65 #3B-76, na capital Bogotá.

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Shitake, alcachofa, tomate y mizuna. Foto: El Chato

8º Leo

O restaurante Leo, de Bogotá, na Colômbia, oferece uma experiência gastronômica única ao trabalhar com ingredientes regionais surpreendentes como as formigas “culonas”, capturadas nos bosques montanhosos em Santander. Outros ingredientes, caso das ervas e frutas, são selecionadas pela própria chef Leonor Espinosa em suas viagens. O menu-degustação, chamado Ciclo-Bioma, é composto por 13 pratos e custa 420.000 pesos colombianos (R$ 500), incluindo harmonização com bebidas autorais e vinhos. Durante o dia, é possível escolher uma sequência mais rápida de sete pratos, por 200.000 pesos colombianos (R$ 240), com bebidas à parte. O Leo abre de segunda a sábado, exceto feriados, na Rua 27B, nº 6-75.

Prato do Leo. Foto: Renata Boliva

9º Osso

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Saltando da 25ª para a 9ª posição, o Osso Carniceria y Salumeria, em Lima, é um misto de restaurante e açougue sustentável. Comandada pelo chef Renzo Garibaldi, a casa estilosa e despojada se destaca por seus embutidos artesanais e carnes feitas na grelha. O menu degustação, disponível sob reserva, consiste em uma sequência de 14 pratos para comer com as mãos, e custa 280 soles (R$ 341). O restaurante fica na rua Tahiti 175, La Molina, em Lima.

Prato do Osso. Foto: Osso

10º D.O.M.

Único brasileiro a se classificar entre os três primeiros no 50 Best Latin America’s em quatro das sete edições do prêmio, o D.O.M., de cozinha brasileira contemporânea, completa 20 anos em 2019 com o chamado “menu pré-descobrimento”. Formiga amazônica e cachaça; palmito, vatapá, leite de coco e taioba; e pirarucu, paçoca e caldo de peixe são algumas das criações do chef Alex Atala para a temporada, inspiradas nos preparos e nos ingredientes dos povos indígenas antes da chegada dos portugueses. O menu-degustação padrão custa R$ 550, com seis ou sete etapas (R$ 865 com harmonização), ou R$ 700 para dez pratos (R$ 1.120 harmonizado). O restaurante atende de segunda a sábado, só com reserva, e fica na Rua Barão de Capanema, 549.

Palmito, vatapá, leite de coco e taioba. Foto: Ricardo D'Angelo

 

/ Colaboraram Bárbara Rubira, Danielle Nagase e Samuel Lima / Especial para o Estado

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