Sopas, polenta, massas, ragus, carnes encorpadas, fondue... Impossível resistir aos pratos que combinam muito com vinho no inverno. Mas quem nunca teve medo de errar na escolha do cardápio e da bebida? Quando se fala em harmonizar, surgem complicações desnecessárias que, não raramente, desanimam as pessoas e fazem com que desistam antes de tentar. A ideia é descomplicar e, em linhas gerais, não há muito segredo: quanto mais encorpada, gordurosa ou condimentada for a comida, mais encorpado (e eventualmente mais alcoólico) deve ser o vinho.
A gerente de Produtos do grupo La Pastina, Maitê Maran, dá dicas valiosas para facilitar a experiência.
- A primeira: não tenha medo de errar. Só experimentando é que vamos adquirir conhecimento e, assim, escolher de forma mais assertiva.
- Comece com vinhos despretensiosos e menos sofisticados.
- Mais importante que encontrar uma harmonização perfeita é escolher um vinho que simplesmente nos dê prazer de beber junto às refeições.
- Não desista! O resto se aprende com o tempo.
Nos dias (e noites) frios, gastamos mais calorias para nos mantermos aquecidos. Por isso sentimos tanta vontade, e tanto prazer, de comer pratos mais quentes e untuosos, e também mais calóricos e complexos. E nada como um excelente vinho para completar a refeição e aquecer o corpo e a alma. Na opinião do sommelier André Zangerolamo, “os vinhos de inverno nos aquecem. Associados à cozinha da estação, confortam e dão uma deliciosa sensação de saciedade”.
Agora é só encher a adega e aproveitar.
Para começar com estilo
As sopas, tão bem-vindas nas frias noites de inverno, são um capítulo à parte nas harmonizações com vinhos. Se a tomarmos muito quente, a alta temperatura tende a amortecer as papilas gustativas e, assim, percebemos menos as nuances do vinho. A dica é deixar esfriar um pouquinho e assim aproveitar melhor a harmonização. Geralmente, sopas e pratos caldosos combinam melhor com vinhos de corpo médio.
Uma entrada de respeito, a sopa de capeletti, por exemplo, vai muito bem com um Borgotorre Montepulciano D’Abruzzo DOC, um tinto sedoso, leve e frutado, com notas de frutas vermelhas como cerejas e morangos, um toque delicado de violetas e taninos finos.
Saborosa e versátil, a polenta com ragu de linguiça calabresa pode ser servida como entrada, em uma porção pequena, ou como prato principal, sem prejuízo nenhum, e pede um vinho à altura. Nesse caso, a sugestão é o encorpado Terre di San Vincenzo DAL 1947, elaborado com a Primitivo, uma variedade de uva do sul da Itália, proveniente de videiras com mais de 50 anos de idade, um tinto ícone de seu importador, a La Pastina, uma das mais renomadas e tradicionais importadoras de vinhos e alimentos do Brasil. Elegante e aveludado, é pleno de aromas e sabores de frutas vermelhas e uma deliciosa e discreta doçura residual. Um vinho para guardar na memória.
O charme dos clássicos
Cremosos, aerados e quentes, os suflês de queijo pedem vinhos expressivos – porém um pouco menos encorpados e menos tânicos, como o Cono Sur Reserva Especial Cabernet Sauvignon. Frutado e fresco, tem aroma intenso de morangos e frutos escuros, como ameixas, e um toque marcante de especiarias.
Mais leve, o gnocchi ao sugo pede um vinho como o Santapietra Chianti Riserva DOCG, um tinto de excelente custo-benefício, elaborado na tradicional região italiana do Chianti, famosa por seus vinhos de grande frescor. Com suas notas de cerejas e morangos frescos, é o parceiro perfeito para massas com molho de tomates, lasagna à bolognesa e queijos duros, como Parmesão e Grana Padano.
Carnes vermelhas e vinhos potentes, o casamento perfeito
Para entrar no universo das carnes, um suculento guisado de carne é sempre uma boa pedida para um almoço de inverno. O Mouton Cadet Bordeaux Rouge é um clássico que traduz o espírito da enologia de Bordeaux, a mais célebre região produtora de vinho da França. Encorpado, volumoso e versátil, esse tinto combina com um amplo leque de preparos à base de carne vermelha, como carnes de panela, lagarto ao forno recheado com legumes, kafta e cortes variados para churrasco.
Ocasiões especiais pedem vinhos especiais. Para um saboroso boeuf bourguignon, o Bosio Barolo “Boschi dei Signori” DOCG é a escolha perfeita. Complexo, elegante e estruturado, tem notas delicadas de flores secas e um toque terroso. Sem dúvida um tinto memorável, produzido no Piemonte, de onde saem os tintos mais cobiçados da Itália.
Fondue? Temos!
Se a noite é de fondue, aposte no peculiar Anciens Temps Reserve Cabernet Sauvignon – Syrah, um corte de duas uvas clássicas da região francesa do Languedoc, com aromas de especiarias, frutas negras e notas de baunilha e chocolate.
Para finalizar uma noite de fondues com chave de ouro, uma cremosa fondue de chocolate meio amargo combina à perfeição com o intenso e untuoso Croft Porto Fine Tawny, elaborado com castas de uvas portuguesas a partir de uma reserva de vinhos do Porto envelhecidos em barricas de carvalho. Um vinho cujo sabor persiste na boca e prolonga o prazer da experiência.
LISTA DE COMPRAS
Os vinhos que não podem faltar na sua adega neste inverno
- Borgotorre Montepulciano D'Abruzzo DOC – R$ 91,00
- Santapietra Chianti Riserva DOCG – R$ 104,00
- Anciens Temps Reserve Cabernet Sauvignon – Syrah – R$ 127,00
- Croft Porto Fine Tawny – R$ 138,00
- Cono Sur Reserva Especial Cabernet Sauvignon – R$ 147,00
- Mouton Cadet Bordeaux Rouge – R$ 182,00
- Terre di San Vincenzo DAL 1947 – R$ 354,00
- Bosio Barolo "Boschi dei Signori" DOCG – R$ 473,00
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