Veja como preparar o drinque nacional sem errar. Os ingredientes são apenas três: cachaça, limão e açúcar
por Redação Paladar
Seguindo essa receita, você não vai mais errar na caipirinha. Nada de amargor, excesso de bagaço, açúcar sobrando no fundo. A boa caipirinha é equilibrada, fácil de beber.
O principal é: corte o limão em fatias finas e macere levemente com o açúcar. Nada de esmagar demais, nem de bater na coqueteleira, por favor.
Preparo
1Corte o limão ao meio e, depois, em fatias meia-lua finas.
2Macere (esmague) levemente as fatias de limão com o açúcar em um copo baixo (macerar demais deixa o drinque amargo).
3Encha o copo com gelo e coloque a cachaça. Misture e finalize com fatias de limão.
● Vai preparar capirinha para muita gente? Basta se lembrar da regra dos terços, dica do bartender Lívio Poppovic: 1 parte do copo ou jarra de fatias de limão, 1 parte de gelo e 1 parte de cachaça.
● A regra é real: quanto melhor a cachaça, melhor a caipirinha.
● Pode cachaça envelhecida na caipirinha? Pode! Só lembre que isso vai levar uma nova camada de sabor para o drinque.
QUER VARIAR O SABOR?
Sim, caipirinha é o drinque de cachaça, limão e açúcar. Mas, atire a primeira pedra quem nunca quis dar uma variada no sabor:
13 de setembro é o Dia Nacional da Cachaça. Para aprender a identificar no copo - a partir de visual, aromas e sabores - os bons rótulos da bebida mais brasileira de todas, siga os passos a seguir.
Foto: Tiago Queiroz/Estadão
Olhe - Limpidez
Uma cachaça bem destilada é límpida, não pode ser turva.
Foto: Maurício Motta/Estadão
Olhe - Rosário
É como são chamadas as bolhas que se formam quando a cachaça entra em contato com o copo. Bolhas pequenas e em grande quantidade sinaliza boa destilação.
Foto: Tiago Queiroz/Estadão
Olhe - Lágrimas
Ao girar o copo, observe como as “lágrimas” da cachaça deslizam pelas laterais do copo. “Lágrimas” que escorrem lentamente indicam boa cachaça.
Foto: Maurício Motta/Estadão
Cheire - Aromas agradáveis, não agressivos
Antes de tomar um gole, aproxime o copo do nariz e concentre-se nos aromas. O perfume de uma boa cachaça é agradável. Se não for, a bebida tem defeitos – e os defeitos e contaminações são bem fáceis de identificar (leia a seguir).
Foto: Werther Santana/Estadão
Cheire - Cheiro de ressaca
Alguns aromas são verdadeiros mensageiros de uma ressaca daquelas. Os problemas de contaminação em cachaças de alambique costumam ser os responsáveis por aquela explosiva dor de cabeça – mesmo que se tenha bebido com moderação. Os aromas que prenunciam a ressaca são: maçã podre (acetaldeído), vinagre (ácido acético), cola (acetato de etila), sabão (ácido decanóico sulfúrico), enxofre (dióxido de enxofre), ovo podre (sulfeto de hidrogênio), cebola (presença de etanotiol), couve-flor (disulfereto de dimetilo) e cavalo (etil fenol).
Foto: Werther Santana/Estadão
Beba - Não sinta na garganta
Uma bebida bem destilada, mesmo com altas graduações alcoólicas, não é violenta e não desce arranhando a garganta.
Foto: Tiago Queiroz/Estadão
Beba - Procure as sensações
Fique atento às sensações de refrescância, picância e adstringência (aspereza próxima à sentida ao comer banana verde, seu oposto é a sensação de aveludado). Note também acidez, doçura, salinidade e amargor. As cachaças misturam todas essas características; ao prestar atenção em cada um desses elementos ao prová-las, você cria bagagem sensorial e aprende a identificar o que mais gosta.
Foto: Maurício Motta/Estadão
Beba - Sinta os sabores
Gosto alcoólico e de madeira são comuns em todas as cachaças e podem aparecer em maior ou menor grau sem denotarem problemas. Já o gosto metálico e de queimação são um alerta de má qualidade. Além disso, uma cachaça pode apresentar diversos perfis de sabores: frutado, de especiarias, torrado, adocicado, floral, de castanhas, de plantas.
Foto: Maurício Motta/Estadão
Beba - Aumente a percepção
Para ter uma percepção ainda maior de aromas, corpo e álcool na boca, faça o seguinte: tome um gole, feche os lábios e expire pelo nariz. Os aromas e o sabor ficam mais perceptíveis assim.