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Restaurantes e Bares

Em busca dos melhores restaurantes perdidos

(Foto: Daniel Teixeira/AE)

A discussão sobre o papel do crítico de gastronomia foi animada (. Foto: Daniel Teixeira/AE)Foto: Daniel Teixeira/AE)

Por Paula Moura

Será que a vida do crítico gastronômico é só mesa farta? Qual é a influência do gosto pessoal sobre o que ele escreve? Em sua palestra “Crítica de Restaurantes”, Luiz Américo, crítico do Paladar, desvendou os mistérios desse trabalho desafiador: explicar e classificar o prazer de comer.

Segundo Américo, alguns pontos para a crítica isenta e jornalística são escolher bem o restaurante sobre o qual vai falar; ter repertório variado de várias cozinhas, da clássica à moderna; estar aberto para o novo e, sempre que possível, manter o anonimato. Ele visita vários restaurantes por semana e repete os lugares em horários distintos, além de testar vários pratos. “A cada dez lugares, seis a oito são médios. Como mal para que meus leitores comam bem”.

A discussão sobre o papel do crítico de gastronomia foi animada ( Foto: Daniel Teixeira/AE)

Jurado da revista britânica Restaurant, ele contou que uma crítica ruim pelo prazer de falar mal não funciona, pois é um serviço para o leitor. Ele explicou que se deve pesar se a crítica negativa trará uma informação útil para os leitores e se o local criticado é relevante. “Por exemplo, uma crítica negativa de um restaurante novo de uma rede de um chef importante precisa ser feita pois todos esperam saber como é o local”, disse. Já uma crítica negativa de um restaurante desconhecido não tem muita razão de ser feita, acrescentou. E lembrou que a “crítica nunca é verdade absoluta, é boa quando provoca discussão”.

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Américo dedicou sua aula ao colega Sidney Mazzoni, ex-editor do Jornal da Tarde, que faleceu ontem à noite.

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