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Henderson é sócio e fundador de um dos restaurantes mais influentes da Inglaterra, o St. John. A casa fica localizada em Londres e abriu suas portas em 1994. Considerado um dos patriarcas da indústria de restaurantes do Reino Unido, ele foi condecorado em 2005 com a Ordem do Império Britânico por seus serviços prestados à gastronomia.
A inspiração para o aproveitamento máximo dos animais em seus pratos veio do cinema: “Antes de abrir o St. John, lembro de ter ido ao cinema, num sábado à tarde, para assistir A Comilança. Eles sugavam e mordiam os ossos. Tive uma epifania naquela hora, e pensei, ‘esse é o tipo de prato que quero servir. Isso sim é um prato’. Desde aquela época, muitos tipos de ossos já passaram por nossa cozinha.”
Em entrevista ao ‘Paladar’ em 2008, Henderson explicou que inicialmente as pessoas torciam o nariz para as inovações que ele trazia à cozinha, mas que superado o estranhamento inicial com ossos e miúdos, os clientes suspiravam a cada garfada, e ainda voltavam para comer os mesmos pratos. “Não é algo delicioso, mas parece injusto não usar o animal inteiro. Parece uma indelicadeza, uma infantilidade não fazê-lo”, dizia ele.
A experimentação com os ingredientes acabou se transformando em livro. Em The Complete Nose to tail: A kind of british cooking, algo como “Do fucinho à cauda: Um tipo de culinária britânica”, em tradução livre, publicado em 2012, ele conta um pouco mais sobre suas técnicas e por que utilizar todo o animal.
A cerimônia de premiação do 50 Best acontecerá no dia 28 de abril, em Londres, mas alguns dos vencedores já foram revelados. Entre eles está a brasileira Helena Rizzo. A gaúcha que comanda o Maní com seu marido, Daniel Redondo , foi eleita a melhor chef mulher do mundo.
Ano passado o vencedor pelo conjunto da obra foi o francês Alain Ducasse.