Desde 2002, a publicação britânica faz o ranking dos melhores restaurantes do mundo. Em 2013, começou também a fazer listas regionais, com as melhores casas asiáticas e latino-americanas.
Guildhall Hall, em Londres, onde chefs vão se reunir nesta segunda-feira para conhecer a lista dos melhores do mundo. FOTO: Divulgação
O que esperar do prêmio deste ano
Nos últimos anos, as quatro primeiras posições do 50 Best têm alternado entre praticamente os mesmos restaurantes: o dinamarquês Noma, o espanhol El Celler de Can Roca e o italiano Osteria Francescana.
O primeiro lugar em 2014 foi para o Noma, de René Redzepi, que também foi o grande eleito em 2010, 2011 e 2012. Em 2013, o espanhol El Celler de Can Roca foi coroado melhor do mundo, mas voltou a ocupar o segundo lugar ano passado.
Massimo Bottura, da Osteria Francescana, está no terceiro lugar há dois anos e há rumores de que seu restaurante vai subir no ranking. Se Redzepi ficar em primeiro lugar novamente, alcançará a marca de Ferran Adrià, do El Bulli – seus restaurantes serão os únicos eleitos cinco vezes melhor do mundo.
René Redzepi, chef do Noma, restaurante que atualmente detém o título de ‘melhor do mundo’. FOTO: Fabian Bimmer/Reuters
Ano que vem. Em 2016, a cerimônia de entrega dos prêmio será feita em Nova York, como parte da estratégia do prêmio ser efetivamente global, conforme anunciado nesta segunda.
Brasileiros. Alex Atala não irá à festa de premiação, em Londres, pela segunda vez seguida. O D.O.M. entrou na lista em 2006 e chegou a ocupar o quarto lugar em 2012. No ano passado, ficou na sétima posição. O outro representante brasileiro no ranking atual é o também paulistano Maní, que foi de 46º em 2013 para 36º no ano passado. Daniel Redondo, que comanda a cozinha junto a Helena Rizzo, confirmou que viajará para a cerimônia.
Polêmica online. Desde o fim da semana passada, circula na internet uma petição contra o 50 Best. Chamado de Occupy 50 Best, o movimento foi criado por três franceses e pede o fim do apoio e do financiamento ao prêmio britânico. Segundo eles, “o ranking mistura parcialidade (países parceiros como Peru e Cingapura são particularmente super representados), autopromoção (alguns dos chefs da lista são também do júri) e chauvinismo (só um de 50 chefs da lista era mulher em 2014)”.
Os organizadores responderam indiretamente às já constantes críticas ao método de votação com o anúncio de que, este ano, a votação contou com a auditoria da Deloitte para assegurar sua integridade e credibilidade. Outra novidade foi que logo após a votação, os organizadores contataram jurados por e-mail e marcaram entrevistas por telefone para ouvir críticas e sugestões num declarado esforço para corrigir eventuais falhas.
A premiação é decidida por um grupo de cerca de mil integrantes de destaque do mercado gastronômico mundial, composto por chefs, donos de restaurantes, críticos, jornalistas e especialistas da área.
Os outros 50 melhores. Pela primeira vez, a Restaurant divulgou os restaurantes classificados entre 51º e 100º melhores do mundo antes da premiação. Os europeus, norte-americanos e asiáticos dominaram a lista – o único da América do Sul foi o Tegui, de Buenos Aires, número 83. O britânico The Fat Duck, que chegou a ser considerado o segundo melhor do planeta em 2004, caiu para a 73ª posição.
Hélène Darroze, a melhor chef mulher de 2015. FOTO: Divulgação
Homenageados. Em 22 de abril, a francesa Hélène Darroze recebeu o prêmio de melhor chef mulher do mundo. Ela comanda um restaurante homônimo em Paris e o Hélène Darroze at the Connaught em Londres. Em 2014, a vencedora foi a brasileira Helena Rizzo, do Maní.
Outro chef que também já foi premiado foi Daniel Boulud, homenageado pelo conjunto de sua obra em 12 de maio.
Este ano será a segunda edição com a categoria Pâtissier, que celebra o melhor chef responsável por doces e sobremesas. em 2014, seu ano de estreia, quem levou foi Jordi Roca, do El Celler de Can Roca.
Também serão premiados o restaurante mais sustentável, o mais promissor (One to Watch Award), o estreante que entrar na melhor posição e o que galgar mais posições de 2014 para cá, além dos melhores colocados de cada continente.
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