Saiu a nova lista dos melhores restaurantes do mundo. O anúncio do World’s 50 Best foi feito na segunda-feira, em Londres. O catalão El Celler de Can Roca foi eleito o melhor restaurante do mundo – pela segunda vez, a primeira foi em 2013. O segundo colocado foi o italiano Osteria Francescana, em Modena. Em terceiro, ficou o dinamarquês Noma, campeão no ano passado e que ocupou o pódio quatro vezes. Os três primeiros da lista são mesmo do ano passado, em diferentes lugares.
Os brasileiros perderam posições. O paulistano D.O.M., de Alex Atala, integrante da lista dos melhores há dez anos, caiu duas posições, para o 9º lugar. O Maní, de Helena Rizzo e Daniel Redondo, baixou de 36º para 41º. O Brasil não emplacou nem um novo restaurante.
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A trajetória dos brasileiros – clique para ampliar
A lista de 2015 traz grandes ascensões e quedas. O Asador Etxebarri, em San Sebastian, na Espanha, subiu 21 posições. O ranking também revela que alguns restaurantes fora de eixos tradicionais estão ganhando força, caso de Gaggan, de Bancóc, do Ultraviolet, em Xangai, na China, e do russo White Rabbit, que entrou na lista em 20º.
O Paladar transmitiu a cerimônia em tempo real pelo site e pelas redes sociais. Veja os destaques:
Trio.Os irmãos Joan, Josep e Jordi Roca, do El Celler de Can Roca, no topo pela segunda vez.
Consolação Homenageado pelo conjunto da obra, Daniel Boulud protagonizou uma queda de quarenta posições em relação à lista ano passado. De 40º em 2014, seu restaurante, o Daniel, foi pra 80º. A casa de alta cozinha francesa é instável na lista: em 2013, era a 29ª, mas chegou a ser considerada a oitava melhor do mundo em 2010. Na mesma época, o restaurante conseguiu a terceira estrela Michelin. Mas perdeu a terceira estrela este ano.
Esnobaram a festa Alguns chefs premiados não compareceram à cerimônia, como Alain Ducasse (Alain Ducasse au Plaza Athénée), Alex Atala (D.O.M.), Gastón Acurio (Astrid y Gastón), Alain Passard (L’Arpège) e Pascal Barbot (L’Astrance).
Três em um Daniel Humm, o chef do nova-iorquino Eleven Madison Park, foi laureado três vezes no 50 Best. Seu restaurante caiu uma posição, mas ainda ocupa o 5º lugar da lista e foi eleito o melhor da América do Norte no ranking. E ele venceu o prêmio Escolha dos Chefs. Nascido na Suíça, Humm mistura influências europeias e respeito ao ingrediente, como ao servir um tartare de cenouras ou chocolates que levam leite de animais diferentes.
Jorge Vallejo. FOTO: Divulgação
Viva o México O México sediará a premiação do 50 Best América Latina, em setembro, e os restaurantes do país já subiram no ranking mundial: Pujol é o 16º; Biko volta à lista depois de um ano; e Quintonil, do chef Jorge Vallejo estreia em 35º.
Fogo altoO White Rabbit, em Moscou, foi o estreante que chegou mais alto: 23º lugar. O chef Vladimir Mukhin reinventa tradições russas, como na sopa de beterraba com peixe frito e chips de rabanete.
Albert Adrià, com suas sobremesas revolucionárias é o melhor confeiteiro. A categoria, criada em 2014, até agora só premiou catalães, o primeiro foi Jordi Roca.
Em um salto de 11 posições, o Central é o quarto melhor do mundo (e o Melhor na América Latina). Virgilio Martinez e Pia Leon celebram os produtos andinos.
Único africano na lista, oThe Test Kitchen, 28º, subiu 20 posições. O britânico Luke Dale-Roberts mistura influências diversas.
Arzak. FOTO: Reuters
Fogo baixo Arzak, restaurante ícone do país basco, deixou o Top 10 e caiu para a 17ª posição. A cozinha da casa é dividida entre o chef que influenciou a geração espanhola, Juan-Mari, e sua filha Elena.
Os americanos que perderam: Alinea, em Chicago, com seus pratos irreverentes, como o caranguejo da foto, saiu de 9º para 17º lugar. E o The French Laundry, que chegou a ser o melhor do mundo em 2003 e 2004 é o último colocado.
A França continua fora do Top 10. Sua melhor posição é 11º lugar, do Mirazur. A colocação mais alta de um francês foi o 3º lugar, de Pierre Gagnaire, de 2006 a 2008.