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Restaurantes e Bares

Saloon, salame e cerveja na Mooca

Novo bar reúne produtos quentes da cena gastronômica – queijos, embutidos e cervejas artesanais– e sopra ares nova-iorquinos sobre a ZL paulistana, com água de graça, copos que são potes sem tampa e cardápio na lousa

Saloon, salame e cerveja na MoocaFoto:

Três dos assuntos mais legais do momento reunidos em um bar com um quê de saloon em um endereço fora da rota tradicional. Os três assuntos são: cervejas boas, queijos regionais brasileiros e embutidos artesanais. O bar é o Cateto e ele fica na Mooca, meu.

Para quem tem mania de comparar São Paulo com Nova York, é como se a ZL ganhasse um pixel de Williamsburg: os preços estão anotados numa lousa sobre o bar azulejado com decoração meio western meio hipster, o cardápio é uma prancheta e copos que são potes sem a tampa, bem pinterest (a rede social de coleção de imagens em que quase todos os líquidos são bebidos em potes de rosca sem a tampa).

Clima. Com poucas mesas do lado de dentro e um grande balcão, o Cateto tem clima de empório de secos e molhados e prateleiras de produtos artesanais para comprar e levar para casa. FOTOS: Alex Silva/Estadão

Mas não se trata só de pose. As seleções são muito acertadas. Os queijos vêm d’A Queijaria, a loja de queijos brasileiros que é referência no assunto, e do Capril do Bosque, fazenda de queijo de cabras em Joanópolis, interior de SP. Os embutidos artesanais são feitos pela Pireneus, empresa familiar de origem espanhola instalada em Santo Amaro, zona sul da capital. E as cervejas são de amargar: muito lúpulo, dá-lhe IPAs, de preferência brasileiras, sem deixar de lado boas importadas.

O clima é do tipo sem frescura e com cordialidade, está entre o saloon e o empório de secos e molhados. O bar, que se define perdido em algum lugar entre 1850 e 1930, tem mesas na calçada e, do lado de dentro, um balcão com algumas banquetas e umas poucas mesas. Os donos, Alessandra Souza, Eduardo Brandão e Márcio Tirico trabalham durante o dia – ela com moda, eles com publicidade – e correm para lá para abrir as portas de quarta a sexta, às 16h. Eles se definem assim: “Nos vemos como um entreposto entre o produtor e a mesa de alguém.”

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Logo na entrada, ao som do melhor do folk, country e blue grass, ficam penduradas, à direita, peças de presunto cru – importadas pela empresa que fornece os embutidos – e queijos inteiros. À esquerda, fica a seleção de cervejas. A ideia é tanto comer lá quanto comprar e levar para casa.

Tríade. O Cateto se baseia no trio queijos, cervejas e embutidos. Peça por peso ou em tábuas, como a da foto

Se for comer ali, dá para pedir por peso ou em tábuas combinadas, como mista, com queijos canastra real, gravatá (PE) e azul de cabra e jamón serrano, fuet e sobrassada mallorquina (R$ 70). O cardápio tem ainda três sanduíches e duas brusquetas, como a de sobrassada com figo, queijo flor de mandacaru e mel (R$ 35).

Para beber, não tem cerveja convencional. Nem Original, nem Serra Malte. O chope é Colorado (Appia, weiss com mel, e Caium, pilsen com mandioca, R$ 10; Indica, IPA com rapadura, R$ 11). E tem cervejas de R$ 10 (Southern Tier 2x Stout, 355 ml) a R$ 53 (Speakeasy Double Daddy, 650 ml).

Se você é do tipo que precisa de motivo, data e hora marcada para animar, aí vai: dia 26/1, às 16h, vai ter uma degustação de cervejas com queijos (quatro rótulos, quatro tipos de queijo), conduzida pelo beer sommelier Renato Fernandes e pelo produtor de queijos Guilherme Ferreira. Custa R$ 120 por pessoa e cada pessoa leva para casa uma peça do queijo capim canastra de Ferreira e uma garrafa de cerveja Way Amburana. É preciso reservar sua vaga pelo telefone.

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SERVIÇO – Cateto R. Fernando Falcão, 810, Mooca Tel.: 99410-9027 (falar com Alê) Horário de funcionamento: 16h/23h (sáb. e dom., 10h/23h; fecha 2ª e 3ª)

>> Veja a íntegra da edição do Paladar de 9/1/2014

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