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Restaurantes e Bares

Kotori, um lugar de frango, brasa e drinques

Novo restaurante do chef Thiago Bañares é especializado em yakitoris, técnica japonesa que aproveita todos os cortes da ave, servidos em espetinhos

Tsukune. Almôndega de frango no espetinhocom tarê. Foto: Tati FrisonFoto: Tati Frison

Abrir um restaurante com cardápio em que o carro chefe é o frango, é algo para os audaciosos. Mas se tem algo que o chef Thiago Bañares gosta, é quebrar paradigmas. À frente do Tan Tan e mais recentemente do Ototo, sua marca de bentôs para delivery, Bañares abre as portas nesta quinta-feira (25) do Kotori, sua nova casa em Pinheiros, dedicada aos espetinhos grelhados de frango, os yakitoris (yaki, quer dizer grelhar, e tori, frango, em japonês). 

Tsukune. Almôndega de frango no espetinhocom tarê Foto: Tati Frison

No Kotori (que em japonês significa passarinho), o frango aparece nas suas mais diferentes facetas: nos tais espetinhos em diferentes cortes, grelhados na brasa de uma churrasqueira desenhada especialmente para a casa, nos moldes das japonesas. Thiago fez uma longa pesquisa de fornecedores antes de decidir pela linha orgânica de origem controlada.

A proposta é ir pedindo para encher a mesa, compartilhar e ir testando a fome. As opções vão das tradicionais asinha, coração, sobrecoxa ao sassami com folha de shissô e ume– todos saem em média por R$ 11. Mas a grande estrela ali é o espetinho de ostra (R$ 11), – não, não é o que você está pensando; trata-se de um corte, conhecido em francês como sot-l'y-laisse(que se traduz, aproximadamente, como "o tolo deixa isso aí"), retirado da parte que fica entre as costas do frango e a sobrecoxao, extramacio e muito saboroso, que o chef porciona na casa– são apenas duas por ave, ou seja, as porções serão limitadas a cada noite.

Salão repleto de referências do novo Kotori Foto: Tati Frison

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Outra pedida imperdível da seção é o tsukune, espécie de almôndega de frango, saborosa e úmida, mergulhada no molho várias vezes enquanto passa pela grelha, que chega acompanhada de molho tarê da casa e gema de ovo curada. Talvez seja até melhor começar por ele. 

Shouronpou, dumpling de frango feito no vapor; delicado e potente Foto: Tati Frison

Mas quem já conhece a cozinha de Bañares sabe que o chef não fica satisfeito apenas com o tradicional. A ave ainda aparece no indispensável shouronpou (R$ 24), delicado e potente dumpling cozido no vapor com recheio de frango, com molho ponzu e folhas de coentro; e na salada caesar , que ali ele chama de wafu caesar (R$ 24) com folhas envoltas em molho wafu cremoso, fatias de sassami, queijo grana padano ralado e um crispi da pele do frango que faz as vezes dos croutons. 

Os vegetarianos também têm vez no Kotori. Da grelha japonesa saem espetinhos de legumes variados e o tamagoyaki (R$ 15), o omelete japonês, cremoso e com leve sabor de tostadinho, servido no espeto com maionese da casa.

Tamagoyaki no palito. o omelete japonês servido com maionese Foto: Tati Frison

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A visita é um banquete descontraído, cheio de surpresas– entre as entradas, há ainda porção de torradas servidas com patê de fígado de galinha e fatias de laranja–, que pode (ou melhor, deve) ser acompanhado pelos highballs. A carta de drinques carbonatados servidos no copo alto foi desenvolvida pelo bartender Alex Mesquita. São coquetéis leves, com baixo teor alcoólico, refrescantes e para todos os gostos, do haiboru clássico (R$ 25) com uísque, limão-siciliano e soda, ao meron chu mai (R$ 27), que combina shochu de cevada com melão cantaloupe e soda.

Se nada disso for suficiente para te fazer viajar a Tóquio, a decoração minimalista, com referências orientais e instalações de madeira– pensadas para remeter aos espetos de bambu –, arremata o conjunto.

Serviço

Kotori 

R. Cônego Eugênio Leite, 639, Pinheiros. Telefone: (11) 3891-0043 Horário de funcionamento: 18h/22h (fecha dom.) 

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