Drinques para fazer em casa

'Cada geração de bebedores vive uma polêmica diferente sobre martini'


Especialista em drinques do 'New York Times', Robert Simonson acaba de lançar um livro sobre o mais polêmico e apaixonante dos coquetéis

Por Gilberto Amendola

O primeiro martini de Robert Simonson foi aos 20 anos. "Eu tentava parecer maduro. O martini ficou esperando no balcão por minutos, ficando cada vez mais quente. Quando chegou à mesa, enviei de volta. Eu declarei que ele estava 'intomável'. Eu nunca fiz isso antes e nunca fiz isso desde então. Não sei ao certo o que aconteceu comigo. Acho que estava tentando impressionar uma garota..."

Essas e outras histórias do especialista em coquetéis, bebidas e bares do The New York Times, colaborador do site PUNCH e autor do recém-lançado The Martini Cocktail (sem edição no Brasil, mas dá para comprar pela Amazon) Robert Simonson estão na entrevista exclusiva dada por ele (via e-mail) ao Balcão do Giba.

 
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Dry martini, o coquetel mais problematizado da história. FOTO: Felipe Rau/Estadão

Perguntado sobre o poder do martini na cultura mundial, Simonson sentenciou: "um martini pode conter uma grande variedade de sabor e particularidades. Eu acho que é parte da razão pela qual o coquetel tem fascinado as pessoas desde o início. É também um coquetel diabolicamente forte. E bebidas fortes sempre são uma fonte de fascínio para o público."

Abaixo, a entrevista na íntegra. Confira:

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Existe algo sobre martinis que ninguém nunca lhe perguntou? Neste ponto, provavelmente não. Mas a pergunta que mais me fazem é "qual é o seu martini favorito?". Respondo que não tenho uma receita favorita. Eu nunca me limitaria assim. Existem muitos martinis deliciosos por aí.

Por que você decidiu escrever um livro sobre martinis? Pelo mesmo motivo que decidi escrever um livro sobre old fashioned em 2014. Olhei em volta e notei que muitas pessoas estavam bebendo martinis novamente. O coquetel voltou à moda e eu achei que esse era um bom motivo para examinar novamente de perto a história do coquetel.

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Na pesquisa do livro, qual foi a descoberta mais extraordinária? Pessoalmente, a filosofia de que a temperatura é muito importante para o sucesso de qualquer martini. Mais do que qualquer outro coquetel, um martini deve estar gelado. Você deve mexê-lo sobre grandes quantidades de gelo, de preferência gelo partido para aumentar o tamanho de área de contato. Eu também me deparei com algumas superstições que eu nunca tinha ouvido falar antes. Alguns especialistas em martini acreditam que a bebida se beneficia de nunca entrar em contato com o metal. Então, mixing glass de vidro, coqueteleiras de vidro, medidores de vidro, tudo de vidro! Além disso, aparentemente, até um número de azeitonas é considerado má sorte. Uma ou três azeitonas são aceitáveis em um martini, nunca duas.

Qual é a sua primeira memória com um martini? Além dos martinis que meu pai bebia todas as noites, e dos martinis que vi personagens sofisticados bebendo em filmes, minha primeira lembrança foi de pedir um martini foi em uma pousada rural em Vermont. Isso foi no início dos anos 90. Eu tinha 20 anos e tentava parecer maduro. O martini ficou esperando no balcão por minutos, ficando cada vez mais quente. Quando chegou à mesa, enviei de volta. Eu declarei que ele estava 'intomável'. Eu nunca fiz isso antes e nunca fiz isso desde então. Não sei ao certo o que aconteceu comigo. Eu acho que estava tentando impressionar uma garota.

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Por que o martini tem raízes tão profundas na cultura americana e mundial? É uma bebida simples que pode ser muitas coisas. Devido à complexidade dos sabores do gim e do vermute, um martini pode conter uma grande variedade de sabor e particularidades. Eu acho que é parte da razão pela qual o coquetel tem fascinado as pessoas desde o início e ainda continua a fasciná-las. É também um coquetel diabolicamente forte. E bebidas fortes sempre são uma fonte de fascínio para o público.

Você pode definir a personalidade de um bebedor de martini? Confiante, opinativo, sofisticado, inteligente, maduro, urbano e sem medo de álcool. E, também, talvez um tanto excessivo em todas essas qualidades.

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Qual é a sua controvérsia favorita sobre martini? Atualmente, estou gostando do debate sobre se o imponente martini 50/50 (metade de gim e metade de vermute) é o maior martini de todos os tempos ou não é um martini. Cada geração de bebedores vive uma polêmica diferente sobre martini. Isso é nosso.

Existe perdão para quem agita um martini? Eu sempre digo para beber o que você gosta. Você gosta de um martini batido, tome um martini batido. Eu prefiro mexido por razões principalmente estéticas. Um martini batido produz uma bebida turva. Já um mexido tem aquele perfil claro e original que procuro em um martini.

Como seria o seu martini perfeito (com receita, por favor)? "Como escrevi no livro, não tenho uma receita preferida. Uso muitas fórmulas diferentes em casa - proporções diferentes, gins diferentes, vermutes diferentes. Mas existem algumas constantes. Prefiro gins secos e clássicos de Londres, como Beefeater, Tanqueray, Plymouth e Bombay. Minhas proporções são geralmente três ou quatro partes de gim para uma parte de vermute seco. Eu sempre usei um ou dois dashes de bitters de laranja. E eu prefiro um toque de limão em vez de uma azeitona.

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Aqui está uma receita que nunca falha: três partes de gim Beefeater, uma parte de vermute seco Noilly Prat, uma pitada de bitter de laranja, mexido sobre muito gelo por 30 segundos, derramado em um a taça cupê gelada e decorada com um toque de limão. Eu também gosto muito de Gibsons (martinis com cebolinha em conserva).

Você já esteve no Brasil? Tem curiosidade sobre um coquetel brasileiro? Nunca estive no Brasil e tenho curiosidade sobre as tradições de coquetéis em todo o mundo. Estou ansioso para descobrir o que os brasileiros bebem.

/

 

Quer receitas de martini? O Paladar tem várias! 

+ Dry martini + Dry martini com bitter de laranja + Vodca martini + Expresso martini

 

Notícias do mundo da coquetelaria 

Shot 1. O Bacardí Legacy anunciou na última terça-feira, 21, os três finalistas nacionais desta edição. São eles: Mario Oliveira (Nakka Jardins), Matheus Cunha (Tetto Rooftop Lounge) e Roddy Oliveira (Feirinha Bar). Até a final nacional em fevereiro, cada finalista terá que realizar a Campanha do Coquetel que envolve o cumprimento de sete desafios pessoais --  refinamento do coquetel, criação de uma identidade, amplificação de seu coquetel para o mundo, conexão com uma causa, engajamento da comunidade, aplicação de mentorias e apresentação dos resultados numéricos do seu drinque. A final global acontece em Miami, nos Estados Unidos, em maio de 2020.

/

 

Shot 2. O Festival Charles Tanqueray Day será realizado neste domingo, 27, na Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, entre as esquinas da Rua Artur de Azevedo e Rua dos Pinheiros. O evento começa ao meio dia. Vai ter DGs, shows e, claro, muito gim tônica.

/

 

Shot 3. O OAK, bar de coquetéis localizado dentro do Cateto (R. Francisco Leitão, 272, Pinheiros), acaba de ganhar uma nova carta de drinques. Dessa vez, o mixologista responsável é o Diogo Sevilio. O head bartender também é novo, o Igor Vergueiro. Em seu perfil no Instagram, o Cateto avisa: "A nova carta principalmente posiciona o OAK de uma forma mais madura, limpa, com uso de insumos simples, coquetéis clássicos revisitados, uma conexão maior com a gastronomia e sobretudo valorizando os perfis sensoriais."

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Shot 4. A Negroni Squad já tem corrida marcada. Desta vez, a corrida será no sábado, 26, nas imediações do Apothek (R. Oscar Freire, 2221). A ideia é correr e depois, claro, mergulhar em um negroni. As inscrições estão abertas. Mais informações na bio do Instagram do grupo: @negronisquad.

/

 

Shot 5. O projeto Marginália (conheça mais sobre ele clicando aqui) está se espalhando para fora da cidade de São Paulo. Neste domingo, 27, a festa das bebidas marginalizadas vai acontecer em Belo Horizonte, no Barfão Karaokê, na Av. Augusto de Lima, 566.

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Shot 6. O Bar Obelisco (Av. Pedro Álvares Cabral, 1.301, Ibirapuera) apresenta nova carta de bebidas assinada pelo mixologista Jairo Gama, que comanda o bar na cobertura do MAC-USP Ibirapuera. De forma cronológica, a carta explora o passado e o presente, refletidos em drinques inspirados nas origens brasileiras, com fermentados indígenas, copos feitos à mão e reaproveitamento de cascas e insumos. Um dos novos coquetéis é o Tupã, que leva a cachaça Yaguara Orgânica, hidromel, pó de guaraná, espuma de cajá e tintura de hibiscos (R$ 35). 

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Shot 7. Acaba de chegar ao mercado o Tanqueray & Tonic Pre-Mix. Ou seja, trata-se de um gim tônica já pré-pronta (Tanqueray London Dry com água tônica artesanal). A garrafa de 275 ml tem o preço sugerido de R$ 16. O teor alcoólico da bebida é de 6,5%.

 

Shot 8. No próximo dia 4 de novembro será lançado no Brasil o Kahlua, um licor de café a base de rum. Finalmente!

/

 

Shot 9. Domingo, dia 27, é aniversário de 2 anos do Majestic (R. Delfina, 130, Vila Madalena), um dos bares do mestre Netinho. Vai ter chope por R$ 6,50, G&T saindo por R$ 16,90 e churrasco por conta do bar.

-blGO4/

 

Shot 10. A 2ª Batalha da Gim Tônica, versão desafio das tônicas, será realizada na próxima segunda-feira, dia 28, às 18h, no Picco Bar (R. Lisboa, 294, Pinheiros). Quatro marcas de tônicas serão testadas em G&T  com Amazzoni. São elas: Fever-Tree, London Essence, Prata e Riverside. O evento é fechado para convidados.

/

Shot 11. Segunda-feira, dia 28, será lançado o Gin Vitória Régia Rosé, no bar Praia, a partir das 21h.  Assim como a versão regular, o Rosé é um gim london dry, orgânico, produzido em pequenos lotes. Na nova versão, as notas de rosé foram criadas através da inclusão de hibisco, cranberry e blueberry. O bar Praia fica na Av. Brigadeiro Faria Lima, 272, Pinheiros.

/

Shot 12. A Brastemp Experience promove no próximo dia 31 de outubro, a partir das 19h, o evento Mixed Feelings, uma aula especial de drinques aberta ao público, com o mixologista Jean Ponce. O evento será dividido em quatro etapas durante as quais os convidados serão imersos em um processo que promete trabalhar todos os sentidos. As vagas para o evento são limitadas e os ingressos estarão à venda no site brastempexperience.com.br. A Brastemp Experience fica na Rua Doutor Melo Alves, 651, Jardins.

 

Extra! Extra!

Antes do fechamento desta coluna, a caipirinha foi declarada patrimônio imaterial do Rio. O reconhecimento da tradicional caipirinha foi publicado na edição desta quinta-feira, 24, do Diário Oficial do Rio. Leia a reportagem completa da Roberta Jansen clicando aqui.

 

Preciso experimentar!

O preciso experimentar dessa semana é na verdade um "preciso viajar". O The Dead Rabbit, um dos melhores bares do mundo, localizado em NY, vai abrir uma filial em New Orleans (uma das cidades mais legais dos EUA e com uma tradição invejável quando os assuntos são música, gastronomia e coquetelaria). A previsão de abertura é começo de 2020.

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O primeiro martini de Robert Simonson foi aos 20 anos. "Eu tentava parecer maduro. O martini ficou esperando no balcão por minutos, ficando cada vez mais quente. Quando chegou à mesa, enviei de volta. Eu declarei que ele estava 'intomável'. Eu nunca fiz isso antes e nunca fiz isso desde então. Não sei ao certo o que aconteceu comigo. Acho que estava tentando impressionar uma garota..."

Essas e outras histórias do especialista em coquetéis, bebidas e bares do The New York Times, colaborador do site PUNCH e autor do recém-lançado The Martini Cocktail (sem edição no Brasil, mas dá para comprar pela Amazon) Robert Simonson estão na entrevista exclusiva dada por ele (via e-mail) ao Balcão do Giba.

 

Dry martini, o coquetel mais problematizado da história. FOTO: Felipe Rau/Estadão

Perguntado sobre o poder do martini na cultura mundial, Simonson sentenciou: "um martini pode conter uma grande variedade de sabor e particularidades. Eu acho que é parte da razão pela qual o coquetel tem fascinado as pessoas desde o início. É também um coquetel diabolicamente forte. E bebidas fortes sempre são uma fonte de fascínio para o público."

Abaixo, a entrevista na íntegra. Confira:

 

Existe algo sobre martinis que ninguém nunca lhe perguntou? Neste ponto, provavelmente não. Mas a pergunta que mais me fazem é "qual é o seu martini favorito?". Respondo que não tenho uma receita favorita. Eu nunca me limitaria assim. Existem muitos martinis deliciosos por aí.

Por que você decidiu escrever um livro sobre martinis? Pelo mesmo motivo que decidi escrever um livro sobre old fashioned em 2014. Olhei em volta e notei que muitas pessoas estavam bebendo martinis novamente. O coquetel voltou à moda e eu achei que esse era um bom motivo para examinar novamente de perto a história do coquetel.

Na pesquisa do livro, qual foi a descoberta mais extraordinária? Pessoalmente, a filosofia de que a temperatura é muito importante para o sucesso de qualquer martini. Mais do que qualquer outro coquetel, um martini deve estar gelado. Você deve mexê-lo sobre grandes quantidades de gelo, de preferência gelo partido para aumentar o tamanho de área de contato. Eu também me deparei com algumas superstições que eu nunca tinha ouvido falar antes. Alguns especialistas em martini acreditam que a bebida se beneficia de nunca entrar em contato com o metal. Então, mixing glass de vidro, coqueteleiras de vidro, medidores de vidro, tudo de vidro! Além disso, aparentemente, até um número de azeitonas é considerado má sorte. Uma ou três azeitonas são aceitáveis em um martini, nunca duas.

Qual é a sua primeira memória com um martini? Além dos martinis que meu pai bebia todas as noites, e dos martinis que vi personagens sofisticados bebendo em filmes, minha primeira lembrança foi de pedir um martini foi em uma pousada rural em Vermont. Isso foi no início dos anos 90. Eu tinha 20 anos e tentava parecer maduro. O martini ficou esperando no balcão por minutos, ficando cada vez mais quente. Quando chegou à mesa, enviei de volta. Eu declarei que ele estava 'intomável'. Eu nunca fiz isso antes e nunca fiz isso desde então. Não sei ao certo o que aconteceu comigo. Eu acho que estava tentando impressionar uma garota.

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Por que o martini tem raízes tão profundas na cultura americana e mundial? É uma bebida simples que pode ser muitas coisas. Devido à complexidade dos sabores do gim e do vermute, um martini pode conter uma grande variedade de sabor e particularidades. Eu acho que é parte da razão pela qual o coquetel tem fascinado as pessoas desde o início e ainda continua a fasciná-las. É também um coquetel diabolicamente forte. E bebidas fortes sempre são uma fonte de fascínio para o público.

Você pode definir a personalidade de um bebedor de martini? Confiante, opinativo, sofisticado, inteligente, maduro, urbano e sem medo de álcool. E, também, talvez um tanto excessivo em todas essas qualidades.

Qual é a sua controvérsia favorita sobre martini? Atualmente, estou gostando do debate sobre se o imponente martini 50/50 (metade de gim e metade de vermute) é o maior martini de todos os tempos ou não é um martini. Cada geração de bebedores vive uma polêmica diferente sobre martini. Isso é nosso.

Existe perdão para quem agita um martini? Eu sempre digo para beber o que você gosta. Você gosta de um martini batido, tome um martini batido. Eu prefiro mexido por razões principalmente estéticas. Um martini batido produz uma bebida turva. Já um mexido tem aquele perfil claro e original que procuro em um martini.

Como seria o seu martini perfeito (com receita, por favor)? "Como escrevi no livro, não tenho uma receita preferida. Uso muitas fórmulas diferentes em casa - proporções diferentes, gins diferentes, vermutes diferentes. Mas existem algumas constantes. Prefiro gins secos e clássicos de Londres, como Beefeater, Tanqueray, Plymouth e Bombay. Minhas proporções são geralmente três ou quatro partes de gim para uma parte de vermute seco. Eu sempre usei um ou dois dashes de bitters de laranja. E eu prefiro um toque de limão em vez de uma azeitona.

Aqui está uma receita que nunca falha: três partes de gim Beefeater, uma parte de vermute seco Noilly Prat, uma pitada de bitter de laranja, mexido sobre muito gelo por 30 segundos, derramado em um a taça cupê gelada e decorada com um toque de limão. Eu também gosto muito de Gibsons (martinis com cebolinha em conserva).

Você já esteve no Brasil? Tem curiosidade sobre um coquetel brasileiro? Nunca estive no Brasil e tenho curiosidade sobre as tradições de coquetéis em todo o mundo. Estou ansioso para descobrir o que os brasileiros bebem.

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Quer receitas de martini? O Paladar tem várias! 

+ Dry martini + Dry martini com bitter de laranja + Vodca martini + Expresso martini

 

Notícias do mundo da coquetelaria 

Shot 1. O Bacardí Legacy anunciou na última terça-feira, 21, os três finalistas nacionais desta edição. São eles: Mario Oliveira (Nakka Jardins), Matheus Cunha (Tetto Rooftop Lounge) e Roddy Oliveira (Feirinha Bar). Até a final nacional em fevereiro, cada finalista terá que realizar a Campanha do Coquetel que envolve o cumprimento de sete desafios pessoais --  refinamento do coquetel, criação de uma identidade, amplificação de seu coquetel para o mundo, conexão com uma causa, engajamento da comunidade, aplicação de mentorias e apresentação dos resultados numéricos do seu drinque. A final global acontece em Miami, nos Estados Unidos, em maio de 2020.

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Shot 2. O Festival Charles Tanqueray Day será realizado neste domingo, 27, na Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, entre as esquinas da Rua Artur de Azevedo e Rua dos Pinheiros. O evento começa ao meio dia. Vai ter DGs, shows e, claro, muito gim tônica.

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Shot 3. O OAK, bar de coquetéis localizado dentro do Cateto (R. Francisco Leitão, 272, Pinheiros), acaba de ganhar uma nova carta de drinques. Dessa vez, o mixologista responsável é o Diogo Sevilio. O head bartender também é novo, o Igor Vergueiro. Em seu perfil no Instagram, o Cateto avisa: "A nova carta principalmente posiciona o OAK de uma forma mais madura, limpa, com uso de insumos simples, coquetéis clássicos revisitados, uma conexão maior com a gastronomia e sobretudo valorizando os perfis sensoriais."

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Shot 4. A Negroni Squad já tem corrida marcada. Desta vez, a corrida será no sábado, 26, nas imediações do Apothek (R. Oscar Freire, 2221). A ideia é correr e depois, claro, mergulhar em um negroni. As inscrições estão abertas. Mais informações na bio do Instagram do grupo: @negronisquad.

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Shot 5. O projeto Marginália (conheça mais sobre ele clicando aqui) está se espalhando para fora da cidade de São Paulo. Neste domingo, 27, a festa das bebidas marginalizadas vai acontecer em Belo Horizonte, no Barfão Karaokê, na Av. Augusto de Lima, 566.

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Shot 6. O Bar Obelisco (Av. Pedro Álvares Cabral, 1.301, Ibirapuera) apresenta nova carta de bebidas assinada pelo mixologista Jairo Gama, que comanda o bar na cobertura do MAC-USP Ibirapuera. De forma cronológica, a carta explora o passado e o presente, refletidos em drinques inspirados nas origens brasileiras, com fermentados indígenas, copos feitos à mão e reaproveitamento de cascas e insumos. Um dos novos coquetéis é o Tupã, que leva a cachaça Yaguara Orgânica, hidromel, pó de guaraná, espuma de cajá e tintura de hibiscos (R$ 35). 

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Shot 7. Acaba de chegar ao mercado o Tanqueray & Tonic Pre-Mix. Ou seja, trata-se de um gim tônica já pré-pronta (Tanqueray London Dry com água tônica artesanal). A garrafa de 275 ml tem o preço sugerido de R$ 16. O teor alcoólico da bebida é de 6,5%.

 

Shot 8. No próximo dia 4 de novembro será lançado no Brasil o Kahlua, um licor de café a base de rum. Finalmente!

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Shot 9. Domingo, dia 27, é aniversário de 2 anos do Majestic (R. Delfina, 130, Vila Madalena), um dos bares do mestre Netinho. Vai ter chope por R$ 6,50, G&T saindo por R$ 16,90 e churrasco por conta do bar.

-blGO4/

 

Shot 10. A 2ª Batalha da Gim Tônica, versão desafio das tônicas, será realizada na próxima segunda-feira, dia 28, às 18h, no Picco Bar (R. Lisboa, 294, Pinheiros). Quatro marcas de tônicas serão testadas em G&T  com Amazzoni. São elas: Fever-Tree, London Essence, Prata e Riverside. O evento é fechado para convidados.

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Shot 11. Segunda-feira, dia 28, será lançado o Gin Vitória Régia Rosé, no bar Praia, a partir das 21h.  Assim como a versão regular, o Rosé é um gim london dry, orgânico, produzido em pequenos lotes. Na nova versão, as notas de rosé foram criadas através da inclusão de hibisco, cranberry e blueberry. O bar Praia fica na Av. Brigadeiro Faria Lima, 272, Pinheiros.

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Shot 12. A Brastemp Experience promove no próximo dia 31 de outubro, a partir das 19h, o evento Mixed Feelings, uma aula especial de drinques aberta ao público, com o mixologista Jean Ponce. O evento será dividido em quatro etapas durante as quais os convidados serão imersos em um processo que promete trabalhar todos os sentidos. As vagas para o evento são limitadas e os ingressos estarão à venda no site brastempexperience.com.br. A Brastemp Experience fica na Rua Doutor Melo Alves, 651, Jardins.

 

Extra! Extra!

Antes do fechamento desta coluna, a caipirinha foi declarada patrimônio imaterial do Rio. O reconhecimento da tradicional caipirinha foi publicado na edição desta quinta-feira, 24, do Diário Oficial do Rio. Leia a reportagem completa da Roberta Jansen clicando aqui.

 

Preciso experimentar!

O preciso experimentar dessa semana é na verdade um "preciso viajar". O The Dead Rabbit, um dos melhores bares do mundo, localizado em NY, vai abrir uma filial em New Orleans (uma das cidades mais legais dos EUA e com uma tradição invejável quando os assuntos são música, gastronomia e coquetelaria). A previsão de abertura é começo de 2020.

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O primeiro martini de Robert Simonson foi aos 20 anos. "Eu tentava parecer maduro. O martini ficou esperando no balcão por minutos, ficando cada vez mais quente. Quando chegou à mesa, enviei de volta. Eu declarei que ele estava 'intomável'. Eu nunca fiz isso antes e nunca fiz isso desde então. Não sei ao certo o que aconteceu comigo. Acho que estava tentando impressionar uma garota..."

Essas e outras histórias do especialista em coquetéis, bebidas e bares do The New York Times, colaborador do site PUNCH e autor do recém-lançado The Martini Cocktail (sem edição no Brasil, mas dá para comprar pela Amazon) Robert Simonson estão na entrevista exclusiva dada por ele (via e-mail) ao Balcão do Giba.

 

Dry martini, o coquetel mais problematizado da história. FOTO: Felipe Rau/Estadão

Perguntado sobre o poder do martini na cultura mundial, Simonson sentenciou: "um martini pode conter uma grande variedade de sabor e particularidades. Eu acho que é parte da razão pela qual o coquetel tem fascinado as pessoas desde o início. É também um coquetel diabolicamente forte. E bebidas fortes sempre são uma fonte de fascínio para o público."

Abaixo, a entrevista na íntegra. Confira:

 

Existe algo sobre martinis que ninguém nunca lhe perguntou? Neste ponto, provavelmente não. Mas a pergunta que mais me fazem é "qual é o seu martini favorito?". Respondo que não tenho uma receita favorita. Eu nunca me limitaria assim. Existem muitos martinis deliciosos por aí.

Por que você decidiu escrever um livro sobre martinis? Pelo mesmo motivo que decidi escrever um livro sobre old fashioned em 2014. Olhei em volta e notei que muitas pessoas estavam bebendo martinis novamente. O coquetel voltou à moda e eu achei que esse era um bom motivo para examinar novamente de perto a história do coquetel.

Na pesquisa do livro, qual foi a descoberta mais extraordinária? Pessoalmente, a filosofia de que a temperatura é muito importante para o sucesso de qualquer martini. Mais do que qualquer outro coquetel, um martini deve estar gelado. Você deve mexê-lo sobre grandes quantidades de gelo, de preferência gelo partido para aumentar o tamanho de área de contato. Eu também me deparei com algumas superstições que eu nunca tinha ouvido falar antes. Alguns especialistas em martini acreditam que a bebida se beneficia de nunca entrar em contato com o metal. Então, mixing glass de vidro, coqueteleiras de vidro, medidores de vidro, tudo de vidro! Além disso, aparentemente, até um número de azeitonas é considerado má sorte. Uma ou três azeitonas são aceitáveis em um martini, nunca duas.

Qual é a sua primeira memória com um martini? Além dos martinis que meu pai bebia todas as noites, e dos martinis que vi personagens sofisticados bebendo em filmes, minha primeira lembrança foi de pedir um martini foi em uma pousada rural em Vermont. Isso foi no início dos anos 90. Eu tinha 20 anos e tentava parecer maduro. O martini ficou esperando no balcão por minutos, ficando cada vez mais quente. Quando chegou à mesa, enviei de volta. Eu declarei que ele estava 'intomável'. Eu nunca fiz isso antes e nunca fiz isso desde então. Não sei ao certo o que aconteceu comigo. Eu acho que estava tentando impressionar uma garota.

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Por que o martini tem raízes tão profundas na cultura americana e mundial? É uma bebida simples que pode ser muitas coisas. Devido à complexidade dos sabores do gim e do vermute, um martini pode conter uma grande variedade de sabor e particularidades. Eu acho que é parte da razão pela qual o coquetel tem fascinado as pessoas desde o início e ainda continua a fasciná-las. É também um coquetel diabolicamente forte. E bebidas fortes sempre são uma fonte de fascínio para o público.

Você pode definir a personalidade de um bebedor de martini? Confiante, opinativo, sofisticado, inteligente, maduro, urbano e sem medo de álcool. E, também, talvez um tanto excessivo em todas essas qualidades.

Qual é a sua controvérsia favorita sobre martini? Atualmente, estou gostando do debate sobre se o imponente martini 50/50 (metade de gim e metade de vermute) é o maior martini de todos os tempos ou não é um martini. Cada geração de bebedores vive uma polêmica diferente sobre martini. Isso é nosso.

Existe perdão para quem agita um martini? Eu sempre digo para beber o que você gosta. Você gosta de um martini batido, tome um martini batido. Eu prefiro mexido por razões principalmente estéticas. Um martini batido produz uma bebida turva. Já um mexido tem aquele perfil claro e original que procuro em um martini.

Como seria o seu martini perfeito (com receita, por favor)? "Como escrevi no livro, não tenho uma receita preferida. Uso muitas fórmulas diferentes em casa - proporções diferentes, gins diferentes, vermutes diferentes. Mas existem algumas constantes. Prefiro gins secos e clássicos de Londres, como Beefeater, Tanqueray, Plymouth e Bombay. Minhas proporções são geralmente três ou quatro partes de gim para uma parte de vermute seco. Eu sempre usei um ou dois dashes de bitters de laranja. E eu prefiro um toque de limão em vez de uma azeitona.

Aqui está uma receita que nunca falha: três partes de gim Beefeater, uma parte de vermute seco Noilly Prat, uma pitada de bitter de laranja, mexido sobre muito gelo por 30 segundos, derramado em um a taça cupê gelada e decorada com um toque de limão. Eu também gosto muito de Gibsons (martinis com cebolinha em conserva).

Você já esteve no Brasil? Tem curiosidade sobre um coquetel brasileiro? Nunca estive no Brasil e tenho curiosidade sobre as tradições de coquetéis em todo o mundo. Estou ansioso para descobrir o que os brasileiros bebem.

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Quer receitas de martini? O Paladar tem várias! 

+ Dry martini + Dry martini com bitter de laranja + Vodca martini + Expresso martini

 

Notícias do mundo da coquetelaria 

Shot 1. O Bacardí Legacy anunciou na última terça-feira, 21, os três finalistas nacionais desta edição. São eles: Mario Oliveira (Nakka Jardins), Matheus Cunha (Tetto Rooftop Lounge) e Roddy Oliveira (Feirinha Bar). Até a final nacional em fevereiro, cada finalista terá que realizar a Campanha do Coquetel que envolve o cumprimento de sete desafios pessoais --  refinamento do coquetel, criação de uma identidade, amplificação de seu coquetel para o mundo, conexão com uma causa, engajamento da comunidade, aplicação de mentorias e apresentação dos resultados numéricos do seu drinque. A final global acontece em Miami, nos Estados Unidos, em maio de 2020.

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Shot 2. O Festival Charles Tanqueray Day será realizado neste domingo, 27, na Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, entre as esquinas da Rua Artur de Azevedo e Rua dos Pinheiros. O evento começa ao meio dia. Vai ter DGs, shows e, claro, muito gim tônica.

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Shot 3. O OAK, bar de coquetéis localizado dentro do Cateto (R. Francisco Leitão, 272, Pinheiros), acaba de ganhar uma nova carta de drinques. Dessa vez, o mixologista responsável é o Diogo Sevilio. O head bartender também é novo, o Igor Vergueiro. Em seu perfil no Instagram, o Cateto avisa: "A nova carta principalmente posiciona o OAK de uma forma mais madura, limpa, com uso de insumos simples, coquetéis clássicos revisitados, uma conexão maior com a gastronomia e sobretudo valorizando os perfis sensoriais."

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Shot 4. A Negroni Squad já tem corrida marcada. Desta vez, a corrida será no sábado, 26, nas imediações do Apothek (R. Oscar Freire, 2221). A ideia é correr e depois, claro, mergulhar em um negroni. As inscrições estão abertas. Mais informações na bio do Instagram do grupo: @negronisquad.

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Shot 5. O projeto Marginália (conheça mais sobre ele clicando aqui) está se espalhando para fora da cidade de São Paulo. Neste domingo, 27, a festa das bebidas marginalizadas vai acontecer em Belo Horizonte, no Barfão Karaokê, na Av. Augusto de Lima, 566.

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Shot 6. O Bar Obelisco (Av. Pedro Álvares Cabral, 1.301, Ibirapuera) apresenta nova carta de bebidas assinada pelo mixologista Jairo Gama, que comanda o bar na cobertura do MAC-USP Ibirapuera. De forma cronológica, a carta explora o passado e o presente, refletidos em drinques inspirados nas origens brasileiras, com fermentados indígenas, copos feitos à mão e reaproveitamento de cascas e insumos. Um dos novos coquetéis é o Tupã, que leva a cachaça Yaguara Orgânica, hidromel, pó de guaraná, espuma de cajá e tintura de hibiscos (R$ 35). 

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Shot 7. Acaba de chegar ao mercado o Tanqueray & Tonic Pre-Mix. Ou seja, trata-se de um gim tônica já pré-pronta (Tanqueray London Dry com água tônica artesanal). A garrafa de 275 ml tem o preço sugerido de R$ 16. O teor alcoólico da bebida é de 6,5%.

 

Shot 8. No próximo dia 4 de novembro será lançado no Brasil o Kahlua, um licor de café a base de rum. Finalmente!

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Shot 9. Domingo, dia 27, é aniversário de 2 anos do Majestic (R. Delfina, 130, Vila Madalena), um dos bares do mestre Netinho. Vai ter chope por R$ 6,50, G&T saindo por R$ 16,90 e churrasco por conta do bar.

-blGO4/

 

Shot 10. A 2ª Batalha da Gim Tônica, versão desafio das tônicas, será realizada na próxima segunda-feira, dia 28, às 18h, no Picco Bar (R. Lisboa, 294, Pinheiros). Quatro marcas de tônicas serão testadas em G&T  com Amazzoni. São elas: Fever-Tree, London Essence, Prata e Riverside. O evento é fechado para convidados.

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Shot 11. Segunda-feira, dia 28, será lançado o Gin Vitória Régia Rosé, no bar Praia, a partir das 21h.  Assim como a versão regular, o Rosé é um gim london dry, orgânico, produzido em pequenos lotes. Na nova versão, as notas de rosé foram criadas através da inclusão de hibisco, cranberry e blueberry. O bar Praia fica na Av. Brigadeiro Faria Lima, 272, Pinheiros.

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Shot 12. A Brastemp Experience promove no próximo dia 31 de outubro, a partir das 19h, o evento Mixed Feelings, uma aula especial de drinques aberta ao público, com o mixologista Jean Ponce. O evento será dividido em quatro etapas durante as quais os convidados serão imersos em um processo que promete trabalhar todos os sentidos. As vagas para o evento são limitadas e os ingressos estarão à venda no site brastempexperience.com.br. A Brastemp Experience fica na Rua Doutor Melo Alves, 651, Jardins.

 

Extra! Extra!

Antes do fechamento desta coluna, a caipirinha foi declarada patrimônio imaterial do Rio. O reconhecimento da tradicional caipirinha foi publicado na edição desta quinta-feira, 24, do Diário Oficial do Rio. Leia a reportagem completa da Roberta Jansen clicando aqui.

 

Preciso experimentar!

O preciso experimentar dessa semana é na verdade um "preciso viajar". O The Dead Rabbit, um dos melhores bares do mundo, localizado em NY, vai abrir uma filial em New Orleans (uma das cidades mais legais dos EUA e com uma tradição invejável quando os assuntos são música, gastronomia e coquetelaria). A previsão de abertura é começo de 2020.

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O primeiro martini de Robert Simonson foi aos 20 anos. "Eu tentava parecer maduro. O martini ficou esperando no balcão por minutos, ficando cada vez mais quente. Quando chegou à mesa, enviei de volta. Eu declarei que ele estava 'intomável'. Eu nunca fiz isso antes e nunca fiz isso desde então. Não sei ao certo o que aconteceu comigo. Acho que estava tentando impressionar uma garota..."

Essas e outras histórias do especialista em coquetéis, bebidas e bares do The New York Times, colaborador do site PUNCH e autor do recém-lançado The Martini Cocktail (sem edição no Brasil, mas dá para comprar pela Amazon) Robert Simonson estão na entrevista exclusiva dada por ele (via e-mail) ao Balcão do Giba.

 

Dry martini, o coquetel mais problematizado da história. FOTO: Felipe Rau/Estadão

Perguntado sobre o poder do martini na cultura mundial, Simonson sentenciou: "um martini pode conter uma grande variedade de sabor e particularidades. Eu acho que é parte da razão pela qual o coquetel tem fascinado as pessoas desde o início. É também um coquetel diabolicamente forte. E bebidas fortes sempre são uma fonte de fascínio para o público."

Abaixo, a entrevista na íntegra. Confira:

 

Existe algo sobre martinis que ninguém nunca lhe perguntou? Neste ponto, provavelmente não. Mas a pergunta que mais me fazem é "qual é o seu martini favorito?". Respondo que não tenho uma receita favorita. Eu nunca me limitaria assim. Existem muitos martinis deliciosos por aí.

Por que você decidiu escrever um livro sobre martinis? Pelo mesmo motivo que decidi escrever um livro sobre old fashioned em 2014. Olhei em volta e notei que muitas pessoas estavam bebendo martinis novamente. O coquetel voltou à moda e eu achei que esse era um bom motivo para examinar novamente de perto a história do coquetel.

Na pesquisa do livro, qual foi a descoberta mais extraordinária? Pessoalmente, a filosofia de que a temperatura é muito importante para o sucesso de qualquer martini. Mais do que qualquer outro coquetel, um martini deve estar gelado. Você deve mexê-lo sobre grandes quantidades de gelo, de preferência gelo partido para aumentar o tamanho de área de contato. Eu também me deparei com algumas superstições que eu nunca tinha ouvido falar antes. Alguns especialistas em martini acreditam que a bebida se beneficia de nunca entrar em contato com o metal. Então, mixing glass de vidro, coqueteleiras de vidro, medidores de vidro, tudo de vidro! Além disso, aparentemente, até um número de azeitonas é considerado má sorte. Uma ou três azeitonas são aceitáveis em um martini, nunca duas.

Qual é a sua primeira memória com um martini? Além dos martinis que meu pai bebia todas as noites, e dos martinis que vi personagens sofisticados bebendo em filmes, minha primeira lembrança foi de pedir um martini foi em uma pousada rural em Vermont. Isso foi no início dos anos 90. Eu tinha 20 anos e tentava parecer maduro. O martini ficou esperando no balcão por minutos, ficando cada vez mais quente. Quando chegou à mesa, enviei de volta. Eu declarei que ele estava 'intomável'. Eu nunca fiz isso antes e nunca fiz isso desde então. Não sei ao certo o que aconteceu comigo. Eu acho que estava tentando impressionar uma garota.

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Por que o martini tem raízes tão profundas na cultura americana e mundial? É uma bebida simples que pode ser muitas coisas. Devido à complexidade dos sabores do gim e do vermute, um martini pode conter uma grande variedade de sabor e particularidades. Eu acho que é parte da razão pela qual o coquetel tem fascinado as pessoas desde o início e ainda continua a fasciná-las. É também um coquetel diabolicamente forte. E bebidas fortes sempre são uma fonte de fascínio para o público.

Você pode definir a personalidade de um bebedor de martini? Confiante, opinativo, sofisticado, inteligente, maduro, urbano e sem medo de álcool. E, também, talvez um tanto excessivo em todas essas qualidades.

Qual é a sua controvérsia favorita sobre martini? Atualmente, estou gostando do debate sobre se o imponente martini 50/50 (metade de gim e metade de vermute) é o maior martini de todos os tempos ou não é um martini. Cada geração de bebedores vive uma polêmica diferente sobre martini. Isso é nosso.

Existe perdão para quem agita um martini? Eu sempre digo para beber o que você gosta. Você gosta de um martini batido, tome um martini batido. Eu prefiro mexido por razões principalmente estéticas. Um martini batido produz uma bebida turva. Já um mexido tem aquele perfil claro e original que procuro em um martini.

Como seria o seu martini perfeito (com receita, por favor)? "Como escrevi no livro, não tenho uma receita preferida. Uso muitas fórmulas diferentes em casa - proporções diferentes, gins diferentes, vermutes diferentes. Mas existem algumas constantes. Prefiro gins secos e clássicos de Londres, como Beefeater, Tanqueray, Plymouth e Bombay. Minhas proporções são geralmente três ou quatro partes de gim para uma parte de vermute seco. Eu sempre usei um ou dois dashes de bitters de laranja. E eu prefiro um toque de limão em vez de uma azeitona.

Aqui está uma receita que nunca falha: três partes de gim Beefeater, uma parte de vermute seco Noilly Prat, uma pitada de bitter de laranja, mexido sobre muito gelo por 30 segundos, derramado em um a taça cupê gelada e decorada com um toque de limão. Eu também gosto muito de Gibsons (martinis com cebolinha em conserva).

Você já esteve no Brasil? Tem curiosidade sobre um coquetel brasileiro? Nunca estive no Brasil e tenho curiosidade sobre as tradições de coquetéis em todo o mundo. Estou ansioso para descobrir o que os brasileiros bebem.

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Quer receitas de martini? O Paladar tem várias! 

+ Dry martini + Dry martini com bitter de laranja + Vodca martini + Expresso martini

 

Notícias do mundo da coquetelaria 

Shot 1. O Bacardí Legacy anunciou na última terça-feira, 21, os três finalistas nacionais desta edição. São eles: Mario Oliveira (Nakka Jardins), Matheus Cunha (Tetto Rooftop Lounge) e Roddy Oliveira (Feirinha Bar). Até a final nacional em fevereiro, cada finalista terá que realizar a Campanha do Coquetel que envolve o cumprimento de sete desafios pessoais --  refinamento do coquetel, criação de uma identidade, amplificação de seu coquetel para o mundo, conexão com uma causa, engajamento da comunidade, aplicação de mentorias e apresentação dos resultados numéricos do seu drinque. A final global acontece em Miami, nos Estados Unidos, em maio de 2020.

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Shot 2. O Festival Charles Tanqueray Day será realizado neste domingo, 27, na Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, entre as esquinas da Rua Artur de Azevedo e Rua dos Pinheiros. O evento começa ao meio dia. Vai ter DGs, shows e, claro, muito gim tônica.

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Shot 3. O OAK, bar de coquetéis localizado dentro do Cateto (R. Francisco Leitão, 272, Pinheiros), acaba de ganhar uma nova carta de drinques. Dessa vez, o mixologista responsável é o Diogo Sevilio. O head bartender também é novo, o Igor Vergueiro. Em seu perfil no Instagram, o Cateto avisa: "A nova carta principalmente posiciona o OAK de uma forma mais madura, limpa, com uso de insumos simples, coquetéis clássicos revisitados, uma conexão maior com a gastronomia e sobretudo valorizando os perfis sensoriais."

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Shot 4. A Negroni Squad já tem corrida marcada. Desta vez, a corrida será no sábado, 26, nas imediações do Apothek (R. Oscar Freire, 2221). A ideia é correr e depois, claro, mergulhar em um negroni. As inscrições estão abertas. Mais informações na bio do Instagram do grupo: @negronisquad.

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Shot 5. O projeto Marginália (conheça mais sobre ele clicando aqui) está se espalhando para fora da cidade de São Paulo. Neste domingo, 27, a festa das bebidas marginalizadas vai acontecer em Belo Horizonte, no Barfão Karaokê, na Av. Augusto de Lima, 566.

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Shot 6. O Bar Obelisco (Av. Pedro Álvares Cabral, 1.301, Ibirapuera) apresenta nova carta de bebidas assinada pelo mixologista Jairo Gama, que comanda o bar na cobertura do MAC-USP Ibirapuera. De forma cronológica, a carta explora o passado e o presente, refletidos em drinques inspirados nas origens brasileiras, com fermentados indígenas, copos feitos à mão e reaproveitamento de cascas e insumos. Um dos novos coquetéis é o Tupã, que leva a cachaça Yaguara Orgânica, hidromel, pó de guaraná, espuma de cajá e tintura de hibiscos (R$ 35). 

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Shot 7. Acaba de chegar ao mercado o Tanqueray & Tonic Pre-Mix. Ou seja, trata-se de um gim tônica já pré-pronta (Tanqueray London Dry com água tônica artesanal). A garrafa de 275 ml tem o preço sugerido de R$ 16. O teor alcoólico da bebida é de 6,5%.

 

Shot 8. No próximo dia 4 de novembro será lançado no Brasil o Kahlua, um licor de café a base de rum. Finalmente!

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Shot 9. Domingo, dia 27, é aniversário de 2 anos do Majestic (R. Delfina, 130, Vila Madalena), um dos bares do mestre Netinho. Vai ter chope por R$ 6,50, G&T saindo por R$ 16,90 e churrasco por conta do bar.

-blGO4/

 

Shot 10. A 2ª Batalha da Gim Tônica, versão desafio das tônicas, será realizada na próxima segunda-feira, dia 28, às 18h, no Picco Bar (R. Lisboa, 294, Pinheiros). Quatro marcas de tônicas serão testadas em G&T  com Amazzoni. São elas: Fever-Tree, London Essence, Prata e Riverside. O evento é fechado para convidados.

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Shot 11. Segunda-feira, dia 28, será lançado o Gin Vitória Régia Rosé, no bar Praia, a partir das 21h.  Assim como a versão regular, o Rosé é um gim london dry, orgânico, produzido em pequenos lotes. Na nova versão, as notas de rosé foram criadas através da inclusão de hibisco, cranberry e blueberry. O bar Praia fica na Av. Brigadeiro Faria Lima, 272, Pinheiros.

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Shot 12. A Brastemp Experience promove no próximo dia 31 de outubro, a partir das 19h, o evento Mixed Feelings, uma aula especial de drinques aberta ao público, com o mixologista Jean Ponce. O evento será dividido em quatro etapas durante as quais os convidados serão imersos em um processo que promete trabalhar todos os sentidos. As vagas para o evento são limitadas e os ingressos estarão à venda no site brastempexperience.com.br. A Brastemp Experience fica na Rua Doutor Melo Alves, 651, Jardins.

 

Extra! Extra!

Antes do fechamento desta coluna, a caipirinha foi declarada patrimônio imaterial do Rio. O reconhecimento da tradicional caipirinha foi publicado na edição desta quinta-feira, 24, do Diário Oficial do Rio. Leia a reportagem completa da Roberta Jansen clicando aqui.

 

Preciso experimentar!

O preciso experimentar dessa semana é na verdade um "preciso viajar". O The Dead Rabbit, um dos melhores bares do mundo, localizado em NY, vai abrir uma filial em New Orleans (uma das cidades mais legais dos EUA e com uma tradição invejável quando os assuntos são música, gastronomia e coquetelaria). A previsão de abertura é começo de 2020.

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